sexta-feira, 24 de outubro de 2025 | Dr. Helvécio Pinheiro

Operação Litis Simulatio: Golpe do falso advogado: Polícia cumpre 16 prisões em operação nacional

A ação contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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  • A Polícia Civil de Santa Catarina conduziu a Operação Litis Simulatio contra um golpe de falso advogado.
  • Foram cumpridos 25 mandados de busca e 16 de prisão nos estados do Rio de Janeiro e Ceará.
  • O Ciberlab, do Ministério da Justiça, ajudou no rastreamento de transações financeiras dos suspeitos.
  • A investigação começou após uma denúncia de fraude envolvendo R$ 270 mil de uma moradora de Florianópolis.
  • Criminosos usavam informações reais de processos para criar a aparência de legitimidade no golpe.
  • Os crimes incluem estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, podendo resultar em mais de 15 anos de prisão.
  • O esquema envolvia a solicitação de pagamentos sob falsas alegações de custos processuais.
  • Após o pagamento, os criminosos encerravam a comunicação com as vítimas.
Divulgação/PCDF Operação Litis Simulatio: Golpe do falso advogado: Polícia cumpre 16 prisões em operação nacional
Operação mirou grupo responsável por golpe do falso advogado

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, nesta quinta-feira (23), a Operação Litis Simulatio, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa responsável pelo chamado golpe do falso advogado.

Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro e do Ceará, contra suspeitos de envolvimento no esquema e pessoas que teriam recebido valores ilícitos em contas bancárias.

A ação contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que atuou no rastreamento de transações financeiras e na identificação dos suspeitos.

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, destacou o papel do Ciberlab na operação: “Nosso trabalho é combater todo e qualquer esquema de fraude digital e desarticular organizações criminosas que exploram fragilidades nos sistemas tecnológicos e financeiros”, afirmou.

Fraude sofisticada

A investigação teve início após a denúncia de uma moradora de Florianópolis (SC), que acreditou estar quitando despesas legítimas de um processo judicial contra o Estado. Ao longo de algumas semanas, ela chegou a transferir cerca de R$ 270 mil aos criminosos, que se apresentavam como advogados e secretárias de escritórios fictícios.

De acordo com as autoridades, a quadrilha se especializou em utilizar informações reais de processos judiciais ̶ especialmente ações previdenciárias, de precatórios e RPVs ̶ para dar aparência de legitimidade às cobranças indevidas. As vítimas eram induzidas a efetuar pagamentos sob o pretexto de custas ou taxas processuais.

O secretário Mário Sarrubbo classificou o golpe como uma nova e preocupante modalidade de fraude digital: “Criminosos estão se passando por advogados, utilizando informações verdadeiras de processos judiciais para enganar vítimas e induzi-las a transferir valores sob falsas promessas de indenizações. Após o envio do dinheiro, encerram a comunicação e desaparecem.”

Responsabilização criminal

Com base nas investigações, os suspeitos poderão responder pelos crimes de estelionato (art. 171 do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do CP) e lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/1998). As penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão, além de multas e da perda dos bens obtidos com as fraudes.

Fontes: Ministério da Justiça e Segurança Pública / Migalhas.

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