Em meio aos desafios trazidos pela pandemia global da Covid-19, uma classe de profissionais se destacou como verdadeiros heróis: as enfermeiras e enfermeiros, que enfrentam condições adversas e riscos diários para salvar vidas. No entanto, apesar de seu papel vital na linha de frente, a Enfermagem continua travando uma batalha por preservação e reconhecimento, especialmente em relação ao piso salarial, uma luta que se arrasta por anos e que o governo ainda protege em endereçar.
A Tropa de Choque na Pandemia
Desde o início da crise sanitária, os profissionais de enfermagem têm estado na linha de frente na batalha contra a COVID-19. Eles enfrentam longas jornadas de trabalho, exaustão emocional e riscos à saúde, muitas vezes sem as condições e recursos adequados. Enfrentando um inimigo invisível, esses heróis de jaleco foram a tropa de choque, arriscando suas próprias vidas para salvar milhares de outras.

A Luta Antiga Pela Valorização
No entanto, a batalha pela valorização da Enfermagem não é um fenômeno recente. Há anos, os profissionais dessa área vêm clamando por melhores condições de trabalho, reconhecimento e um piso salarial digno. A pandemia apenas colocou em destaque uma questão que já existia há muito tempo.

O Piso Salarial Protelado
Enquanto a Enfermagem enfrentava o ápice da crise de saúde, a esperança por uma remuneração condizente com seu papel crescia. No entanto, apesar das promessas e da visibilidade conquistada, o governo tem protegido a implementação de um piso salarial adequado para a categoria. A despeito das petições, protestos e manifestações, enquanto enfermeiras e enfermeiros continuam a enfrentar muitas vezes abaixo do merecido, o que reflete uma falta de reconhecimento e respeito por sua dedicação e esforços incansáveis.
O Chamado à Ação
A Enfermagem merece mais do que aplausos simbólicos. É fundamental que a sociedade como um todo, juntamente com as autoridades, reconheçam a importância desses profissionais e garantam que suas demandas sejam atendidas. A valorização da classe não é apenas uma questão de justiça, mas também um investimento na saúde e no bem-estar de toda a nação.
A luta incansável da Enfermagem pela valorização da classe e um piso salarial condizente é um exemplo notável de resiliência e espiritualidade. Esses profissionais demonstraram uma dedicação inabalável à saúde pública, permaneceram como anjos da guarda em meio à escuridão da pandemia. Chegou o momento de transformar palavras em ações concretas e assegurar que esses heróis contemporâneos sejam recompensados por seu compromisso e sacrifícios. A valorização da Enfermagem é um dever que transcende a política e coloca a humanidade em primeiro lugar.

Valores
O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela lei. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.
Dados do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de profissionais no país, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras.
O Ministério da Saúde informou que está em processo de implementação do piso nacional da enfermagem na folha de pagamento já para ser incluído no contracheque de agosto de 2023.
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