quarta-feira, 15 de outubro de 2025 | Redação

Empregador paga mais de R$ 60 mil após submeter trabalhadores a regime análogo à escravidão no Sul do Piauí

Ministério Público do Trabalho encontrou trabalhadores em jornada exaustiva, sem registro, com falta de proteção e alojamento insalubre, em situação degradante.

Ver resumo
  • Um empregador pagou R$ 65 mil em indenização por condições trabalhistas degradantes.
  • O Ministério Público do Trabalho encontrou 13 trabalhadores em situação análoga à escravidão.
  • A investigação foi iniciada devido a denúncias de irregularidades na fazenda.
  • O valor da indenização foi destinado ao Fundo de Direitos Difusos para promover trabalho digno.
  • Um Termo de Ajuste de Conduta foi firmado para regularizar futuras contratações.
  • Os trabalhadores não tinham registro em carteira e trabalhavam sem equipamentos de proteção.
  • As condições de moradia eram insalubres, com falta de higiene e comida inadequada.
Foto: Montagem g1 Empregador paga mais de R$ 60 mil após submeter trabalhadores a regime análogo à escravidão no Sul do Piauí
Empregador paga mais de R$ 60 mil após submeter trabalhadores a regime análogo à escravidão no Piauí

Um empregador pagou R$ 65 mil em indenização após ser flagrado submetendo trabalhadores a condições semelhantes à escravidão. A fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrou 13 pessoas em situação degradante em uma fazenda na zona rural de Gilbués.

A investigação começou após denúncias de irregularidades na fazenda, entre Monte Alegre do Piauí e Santa Filomena. O valor foi pago integramente e destinado ao Fundo de Direitos Difusos. Será usado em projetos voltados à promoção do trabalho digno e à reparação de danos trabalhistas, com apoio da Procuradoria-Geral do Trabalho.

O acordo foi firmado por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Com o termo, o empregador se comprometeu a regularizar futuras contratações e garantir moradia, higiene, alimentação e segurança aos trabalhadores.

Como era o trabalho

Os trabalhadores atuavam na catação de raízes sem registro em carteira e sem equipamentos de proteção. Eles trabalhavam de chinelos, das 6h30 às 18h. O alojamento deles também foi considerado degradante.

O espaço era sujo, sem banheiro, sem área para refeições e com poucas camas ou redes. Alguns dormiam em colchões danificados; outros improvisavam redes. O local tinha infestação de ratos, e a água disponível era quente e imprópria para consumo.

A alimentação se limitava a arroz e feijão mal preparados. As refeições eram feitas no chão, sob árvores — inclusive em dias de chuva.

Com informações do G1PI

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