Nos últimos anos, a cidade de Palmeira do Piauí, com uma população de 4.952 pessoas segundo no Censo IBGE de 2022, situada no sul do estado, tem enfrentado um desafio de saúde pública que vem assolando a comunidade: o câncer. A doença, que já afetou milhões de pessoas ao redor do mundo, está deixando marcas profundas em uma cidade que luta para entender e enfrentar essa triste realidade.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, entre 01 de janeiro de 2021 e 01 de setembro de 2023, (17 pacientes foram encaminhados para consulta oncológica pela primeira vez). Entre esses pacientes, 06 pessoas perderam a batalha contra o câncer, em um espaço curto de tempo, deixando famílias e amigos devastados.
Entre as histórias que mais chocaram a cidade, destacam-se a de Bruno Pires Batista, com apenas 26 anos, a da Professora Natinha, (46 anos), que veio a óbito em julho de 2023, e Mauricélia Mendes Pacheco, jovem de apenas (36 anos), que morava em Bom Jesus, mas era natural de Palmeira do Piauí. Ela descobriu um câncer no início de 2022 e veio a óbito em julho do mesmo ano, em um hospital de Teresina.
Bruno Pires Batista, um jovem cheio de sonhos e potencial, desafiou uma forma agressiva da doença e nos deixou em março de 2022. Sua partida prematura trouxe à tona a urgência de enfrentar o câncer de forma mais eficaz, não só em nossa cidade, mas em todo o Sul do Piauí.
A história da Professora Natinha, (Raimunda Nonata Oliveira Lemos), uma educadora querida e respeitada, comoveu a todos, já que sua morte recente em julho deste ano ainda está fresca em nossos corações.
DESAFIOS
Diante dessas tragédias, a Secretária Municipal de Saúde, Laiane Moura, informou ao Ponto X que está tomando algumas medidas a respeito do avanço do câncer em Palmeira do Piauí. Ela revelou que está sendo elaborado um relatório completo, que será encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Esse documento buscará identificar as causas do aumento de casos de câncer na região e apresentar diretrizes claras sobre como proceder diante dessa situação preocupante.
As medidas que podem ser tomadas incluem a conscientização da população sobre os fatores de risco e a importância da detecção precoce do câncer, o fortalecimento dos serviços oncológicos locais, a busca por parcerias com instituições de saúde e a promoção de campanhas de prevenção.
A luta contra o câncer é uma batalha que exige esforços da comunidade, das autoridades de saúde e de toda a sociedade. Em Palmeira do Piauí, essa luta ganha força a cada dia, na memória daqueles que perdemos e na esperança de um futuro mais saudável para nossa cidade. É hora de unir esforços, compartilhar informações e trabalhar incansavelmente para combater essa doença que afeta tantas vidas.
SAÚDE PÚBLICA
O Hospital Getúlio Vargas (HGV) em Teresina, capital do estado, vai passar a oferecer tratamento oncológico com a habilitação de uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia. O serviço deve começar em dezembro.
Os novos serviços, que serão implantados até dezembro, fazem parte de ações do programa Saúde em Dia, lançado recentemente pelo governador Rafael Fonteles. Serão disponibilizados tratamentos e cirurgias para os cinco subtipos de doenças oncológicas mais prevalentes, que são câncer de mama, câncer de próstata, câncer de pulmão, colorretal e cólon.
Atualmente, no estado do Piauí, o Hospital Universitário (HU) é uma referência em serviços de oncologia, juntamente com o Hospital São Marcos e o Hospital Marques Bastos, em Parnaíba, ambas entidades filantrópicas. Com a implantação da Unacon, o Hospital Getúlio Vargas será o primeiro serviço de oncologia oferecido diretamente por uma unidade de saúde da rede estadual.
Porém o grande problema encontrado pelos pacientes da região Sul do estado, é que esse tratamento fica muito distante, a quase 900 km de distância, com isso, aumentam os custos com viagens periódicas, estadias e alimentação. Além da viagem desgastante.
S.O.S Sul do Piauí
De acordo com o Plano de Expansão da Rede de Média e Alta Complexidade do Estado, Bom Jesus, município polo da Chapada das Mangabeiras, região composta por 24 cidades e aproximadamente 200 mil habitantes, não será contemplada com o a unidade de Oncologia. Um anseio da população Sul do estado, que precisa se deslocar para a capital, dependendo da cidade, quase 900 quilômetros de distância.
A região da Chapada das Mangabeiras, clama há anos por um Centro Oncológico.
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