segunda-feira, 1 de setembro de 2025 | Redação

Transnordestina no Piauí tem 33% da segunda fase concluída e terá entrega antecipada

Conclusão total do trecho que abrange o território piauiense está prevista para o segundo semestre de 2028, com um ano e meio de antecedência em relação ao prazo original.

Ver resumo
  • A ferrovia Transnordestina está em 33% da segunda fase das obras no Piauí, entre Eliseu Martins e São Miguel do Fidalgo.
  • A primeira fase, de 240 km, já foi concluída.
  • A previsão é que o trecho piauiense (391 km) seja finalizado no segundo semestre de 2028, antecipando o cronograma original.
  • O governo federal anunciou um aporte de R$ 1,4 bilhão para a execução das obras, proveniente de fundos de investimento e desenvolvimento do Nordeste.
  • A obra é estratégica para escoar grãos e minérios do Piauí até os portos de Pecém (CE) e Suape (PE).
  • A ferrovia está dividida em três fases principais: Porto do Pecém (CE) a São Miguel do Fidalgo (PI), Paes Landim a Eliseu Martins (PI), e Salgueiro (PE) ao Porto de Suape (PE).
  • A infraestrutura prevê 186 milhões de m³ de terraplanagem, 143 pontes e viadutos, e 65 km de bueiros.
  • A produção atual da obra inclui 4,8 mil dormentes e 4,5 metros cúbicos de brita por dia.
(Fotos: Francisco Gilásio) Transnordestina no Piauí tem 33% da segunda fase concluída e terá entrega antecipada
Ferrovia Transnordestina (Fotos: Francisco Gilásio)

A ferrovia Transnordestina avança no Piauí e já alcança 33% da segunda fase das obras no estado, no trecho de 151 quilômetros entre Eliseu Martins e São Miguel do Fidalgo. A primeira fase (240 km) já está concluída. Agora, a estrutura está sendo levantada para a colocação de trilhos e dormentes, etapa que foi antecipada para o primeiro semestre de 2026. Com isso, a conclusão total do trecho que abrange o território piauiense (391 km) está prevista para o segundo semestre de 2028, com um ano e meio de antecedência em relação ao prazo original.

Os investimentos foram retomados com novo fôlego após o governo federal anunciar, em julho deste ano, um aporte de R$ 1,4 bilhão para garantir a execução. O recurso vem dos Fundos de Investimento do Nordeste (Finor) e de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), sendo R$ 600 milhões a serem liberados ainda em 2024 e R$ 816 milhões oriundos do Finor.

A obra é considerada estratégica para a economia do Nordeste, pois vai escoar grãos e minérios produzidos no Piauí até os portos de Pecém (CE) e Suape (PE), ampliando a capacidade de exportação da região. “Estamos muito otimistas com a conclusão dessa obra a partir da decisão do presidente Lula. Não é uma obra simples, vai demorar alguns anos, mas eu não tenho dúvida que vai se transformar em uma ferrovia operacional. Toda a região sudeste do Piauí, especialmente a mineração em Paulistana e Curral Novo, será muito beneficiada”, afirmou o governador Rafael Fonteles.

No estado, a ferrovia corta cidades do Sul piauiense, como Itaueira, Ribeira do Piauí, Simplício Mendes, São Francisco de Assis do Piauí e Paulistana, até chegar à divisa com Pernambuco, no município de Trindade.

 (Fotos: Francisco Gilásio)  

Fases da ferrovia

A Transnordestina está dividida em três fases principais: a primeira, do Porto do Pecém (CE) até São Miguel do Fidalgo (PI), passando por Salgueiro (PE), com cerca de 1.040 km. A fase dois corresponde ao trecho de 166 km entre Paes Landim e Eliseu Martins (PI), inteiramente dentro do estado. A última fase vai de Salgueiro (PE) ao Porto de Suape (PE), com 547 km.

Em junho, foi assinada a ordem de serviço para o início da construção do lote 8 da ferrovia, do trecho MVP (Missão Velha – Pecém). Atualmente, cinco outros lotes do mesmo trecho (4, 5, 6, 7 e 11) já estão em execução, abrangendo a região central do Ceará e o acesso ao Porto do Pecém. Com a contratação do lote 8, restarão apenas os lotes 9 e 10 para a conclusão da fase 1 da ferrovia. A previsão é que esses trechos finais sejam contratados ainda em 2025.

A previsão do governo federal é de que os primeiros testes de operação com cargas comecem ainda em 2025, com o transporte partindo do Terminal Intermodal de Cargas do Piauí até regiões do Ceará e Pernambuco.

Superestrutura

A Transnordestina é a maior obra linear em execução no Brasil. Em sua infraestrutura, o projeto prevê 186 milhões de metros cúbicos de terraplanagem, 143 pontes e viadutos, além de 65km de bueiros. A ferrovia será composta por 2,2 milhões de dormentes, 209 mil toneladas de trilhos e 3,2 milhões de metros cúbicos de brita. Estão sendo produzidos, em média, 4,8 mil dormentes e 4,5 metros cúbicos de brita por dia para atender à obra.

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