quarta-feira, 13 de agosto de 2025 | Admin

Moraes autoriza Bolsonaro a fazer exames em hospital de Brasília

Entre os exames solicitados, estão coletas de sangue e urina, três tomografias, duas ultrassonografias, um ecocardiograma e uma endoscopia digestiva.

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  • O ministro do STF, Alexandre de Moraes, autorizou Jair Bolsonaro a realizar exames médicos em hospital de Brasília.
  • Bolsonaro está em prisão domiciliar desde a semana passada.
  • A decisão permite que Bolsonaro permaneça de seis a oito horas no hospital.
  • Após os exames, Bolsonaro deve apresentar um atestado de comparecimento ao STF.
  • O pedido de exames inclui coletas de sangue, urina, tomografias, ultrassonografias, ecocardiograma e endoscopia.
  • A defesa justificou os exames devido a várias condições de saúde e tratamento medicamentoso em curso.
  • A prisão domiciliar foi determinada por descumprimento de medidas cautelares, como uso de redes sociais.
  • Bolsonaro e seu filho Eduardo são investigados por interferência em processos do STF.
  • Bolsonaro será julgado pelo Supremo por tentativa de golpe de Estado e está inelegível até 2030.
Foto: Fellipe Sampaio /STF e Clauber Cleber Caetano/PR Moraes autoriza Bolsonaro a fazer exames em hospital de Brasília
Foto: Fellipe Sampaio /STF e Clauber Cleber Caetano/PR

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde a semana passada, a comparecer a um hospital em Brasília no sábado (16) para realização de exames a fim de verificar seu estado de saúde.

Na decisão, divulgada na tarde desta terça-feira (12), Moraes permitiu que Bolsonaro se dirija ao Hospital DF Star para realizar os exames em um período de seis a oito horas de permanência no local.

"O requerente deve apresentar a esta Suprema Corte, no prazo de 48 horas após a finalização dos respectivos procedimentos médicos, o atestado de comparecimento, consignando a data e os horários dos atendimentos", acrescentou o magistrado no despacho.

No pedido visto pela Reuters, os advogados de Bolsonaro haviam argumentado que a solicitação para que ele fizesse nove exames foi motivada após avaliação do quadro de saúde feita pelo médico Leandro Echeniche. Entre os exames solicitados, estão coletas de sangue e urina, três tomografias, duas ultrassonografias, um ecocardiograma e uma endoscopia digestiva.

No documento, a defesa do ex-presidente cita sete condições de saúde de Bolsonaro: esofagite, pneumonia bacteriana não especificada; hérnia abdominal não especificada, sem obstrução ou gangrena; íleo paralítico e obstrução intestinal sem hérnia; hipertensão essencial (primária); oclusão e estenose da artéria carótida; e hiperplasia da próstata.

"A solicitação decorre do seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde do peticionante", disseram os advogados.

"Os exames deverão ser realizados no Hospital DF Star, na data de 16 de agosto, com permanência hospitalar estimada entre 6 e 8 horas. A depender dos resultados, poderão ser indicadas complementações diagnósticas e/ou medidas terapêuticas adicionais", acrescentaram.

Na segunda-feira passada, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por considerar que houve reincidência do descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente contra ele, como a proibição de usar redes sociais direta ou indiretamente.

A decisão ocorreu no âmbito do inquérito em que Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), são acusados de terem atuado junto a autoridades dos Estados Unidos em busca de interferir em processos do STF contra o ex-presidente, inclusive com a imposição de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros.

Ao decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro, o magistrado citou o fato de ele ter participado de uma chamada de vídeo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, durante ato com manifestantes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Desde então, uma romaria de aliados, familiares e profissionais que trabalham com Bolsonaro tem pedido autorização do STF para visitar o ex-presidente. A expectativa é que Bolsonaro seja julgado pelo Supremo no próximo mês por tentativa de golpe de Estado.

O ex-chefe do Executivo já está impedido de disputar eleições até 2030 após ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: SBT News

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