Em Bom Jesus, no Sul do Piauí, os consumidores têm enfrentado altas nos preços dos alimentos, mesmo após a entrada em vigor da isenção de ICMS sobre produtos da cesta básica. A medida, anunciada pelo governador Rafael Fonteles, começou a valer no dia 1º de abril, com o objetivo de reduzir os custos de itens essenciais como arroz, feijão e ovos, conforme previsto no Decreto Nº 23.517, publicado no Diário Oficial do Estado em 8 de janeiro de 2025.
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No entanto, a realidade vivida pelas famílias de Bom Jesus está longe do ideal. Consumidores relataram ao Ponto X que, ao invés de redução, perceberam aumentos em diversos produtos. “A dúzia de ovos está custando até R$ 17,00 em alguns mercados, e o quilo da carne, como o colchão mole, chega a R$ 52,00. O salário não acompanha esses aumentos, fica difícil chegar ao fim do mês sem passar necessidade”, desabafou um chefe de família.
Segundo relatos, a ausência de fiscalização pode estar contribuindo para o descumprimento da medida. “Aqui não tem Procon para fiscalizar. A gente vê o governador anunciar a isenção, mas na prática, não muda nada. Parece que essa lei não vale por aqui”, comentou uma consumidora.
Além dos preços abusivos, há também preocupação com as condições sanitárias no transporte de alimentos. Famílias denunciaram que alguns açougues ainda utilizam caminhonetes com lonas para transportar carnes, o que representa risco à saúde pública.
Outro ponto destacado pelos consumidores é a incoerência entre o valor da arroba do boi e o preço da carne no varejo. “Quando a arroba estava a R$ 320,00, a carne de primeira custava R$ 37,90. Agora, a arroba caiu para R$ 280,00, mas o preço da carne continua o mesmo”, relatou um morador.
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Diante do cenário, os moradores cobram ações imediatas do Governo do Estado. A principal reivindicação é a instalação de uma unidade do Procon na região, que possa fiscalizar os estabelecimentos e garantir que a política de isenção de ICMS tenha impacto real no bolso dos consumidores.
O espaço está aberto para esclareceimentos do Procon.
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