sexta-feira, 10 de outubro de 2025 | Redação

Lula anuncia programa de habitação para quem ganha mais de R$ 12 mil

Novo modelo de crédito imobiliário vai atender a classe média

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  • O governo federal irá expandir a oferta de crédito imobiliário para a classe média, beneficiando aqueles com renda acima de R$ 12 mil.
  • O presidente Lula anunciou um novo modelo de crédito para atender à demanda habitacional da classe média.
  • A expectativa é financiar 80 mil novas moradias pela Caixa Econômica Federal até 2026.
  • O novo modelo reestrutura o uso da poupança, eliminando depósitos compulsórios no Banco Central.
  • O valor máximo de imóveis financiados passará de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
  • Atualmente, 65% dos recursos da poupança são direcionados ao crédito imobiliário, com os demais 35% divididos entre operações livres e depósitos compulsórios.
  • A transição para o novo modelo começa em 2023, com plena vigência a partir de janeiro de 2027.
  • O objetivo é aumentar a competição no mercado de crédito imobiliário, permitindo a participação de instituições que não captam poupança.
(Foto: reprodução) Lula anuncia programa de habitação para quem ganha mais de R$ 12 mil
O presidente Lula (PT): ele irá se reunir com 16 ministros para tratar sobre estatais (Foto: reprodução)

O governo federal vai ampliar a oferta de crédito para programas de habitação pra beneficiar a classe média, beneficiando quem ganha mais de R$ 12 mil. Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o novo modelo de crédito imobiliário, afirmando que sempre teve “uma inquietação” para atender à necessidade de moradias da classe média. A previsão é que, com essa mudança, a Caixa Econômica Federal financie mais 80 mil novas moradias até 2026.

O novo modelo de crédito imobiliário do país reestrutura o uso da poupança. Após um período de transição, o total dos recursos depositados na caderneta de poupança será referência para uso no setor habitacional, com o fim dos depósitos compulsórios no Banco Central (BC). Além disso, o valor máximo do imóvel financiado no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) passará de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

Hoje, famílias com renda até R$ 12 mil são atendidas pelo Minha Casa, Minha Vida, com juros menores, e, desde o início do seu terceiro mandato, Lula defende alternativa de financiamento para a classe média. “Um trabalhador metalúrgico, um bancário, um químico, um gráfico, um trabalhador da Caixa Econômica, um professor [...] Essas pessoas não têm direito a comprar casa, porque elas nem são pobres, não estão na faixa 1, nem na faixa 2 [do Minha Casa, Minha Vida]”, disse.

Atualmente, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança precisam ser direcionados ao crédito imobiliário; 15% estão livres para operações mais rentáveis e 20% ficam com o Banco Central na forma de depósito compulsório. Os financiamentos via SFH vinham perdendo espaço no mercado em meio a saques da caderneta de poupança, principal fonte de recursos para crédito habitacional no país

Em 2023 e 2024, as retiradas líquidas da poupança foram R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente. Em 2025, caderneta já tem resgate líquido de R$ 78,5 bilhões. Entre as razões para os saques está a manutenção da Selic, a taxa básica de juros, em alta, o que estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho.

Quando estiver plenamente implementado o novo modelo, se uma instituição captar no mercado, por exemplo, R$ 1 milhão e direcionar integralmente esse montante para financiamento imobiliário, ela poderá usar a mesma quantia captada na poupança, que tem custo mais baixo, para aplicações livres por um período predeterminado. Para isso, 80% dos financiamentos habitacionais deverão ser feitos pelas regras do SFH, que têm juros limitados a 12% ao ano. “O novo modelo aumenta a competição, pois incorpora os depósitos interfinanceiros imobiliários ao direcionamento, o que permite que instituições que não captam poupança também concedam crédito habitacional em condições equivalentes às demais”, argumenta o governo.

A transição será gradual, iniciando ainda este ano. O novo modelo deverá ter plena vigência a partir de janeiro de 2027. Até lá, fica valendo o direcionamento obrigatório de 65% dos recursos captados na poupança para operações de crédito habitacional. Dos 35% restantes, pelas regras atuais, 20% são recolhidos ao Banco Central a título de depósito compulsório e 15% vão para operações livres. Durante a transição, o volume dos compulsórios será reduzido para 15% e os 5% serão aplicados no novo regime.

Fonte: Agência Brasil

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