IASPI define reajuste de 15,5% do PLAMTA; Sindespi é contra, "reajuste salarial dos servidores deveria vir antes"

Apesar da luta do movimento sindical e do voto contrário da presidenta do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (SINDESPI), Geane Sousa, na reunião do Conselho Deliberativo do IASPI, o reajuste de 15,5% no PLAMTA foi aprovado na segunda-feira (03/04).

Geane Sousa, presidenta do SINDESPI, é conselheira suplente no Conselho do IASPI e na reunião substituiu seu titular que não participou por motivos de saúde. Geane Sousa afirmou que votou contra, e que é contra o reajuste. “Votei e sou contra esse reajuste. Defendo que primeiro seja tratada da questão do reajuste aos servidores e servidoras, para depois se tratar do reajustar o PLAMTA”.

No mesmo dia em que os servidores e servidoras da educação e da saúde protestaram em frente ao IASPI (29/03), contra o reajuste, a presidente do IASPI, Daniela Aita, chamou o Sinte, SINDESPI e CUT Piauí para uma reunião, e apresentou a situação argumentando a necessidade do reajuste.

“Como eu participava da reunião pela primeira vez e pedi para analisar as planilhas de receitas e custos. Ficou acertado que a votação não seria naquele dia (29/03). A primeira proposta era 30%, depois eles mesmos baixaram para 20% e depois para 18%. Ainda assim, nós da Saúde, somos contra, não concordamos com reajuste no PLAMTA se o servidor não teve reajuste”, afirmou Geane.

A presidenta do SINDESPI contestou o aumento e argumentou que, assim como o PLAMTA passa por dificuldade por falta de reajuste, os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde Pública também passam por dificuldades pelo mesmo motivo.

“Principalmente nesse momento em que o governo está fazendo cortes por cima de cortes. Não temos reajuste salarial, não temos enquadramento. E até as horas extras, das quais a maioria dos trabalhadores dependem, estão sendo cortadas. De onde só se tira e não coloca nada, não tem condições de ter um reajuste desses. Na votação deixei claro que não concordo com esse reajuste, sem que antes o Governo reajuste o salário dos servidores e servidoras”, concluiu Geane Sousa.

Fonte: ASCOM SINDESPI