segunda-feira, 25 de agosto de 2025 | Admin

CPMI para investigar fraudes do INSS começa nesta terça (26)

De acordo com a PF e a CGU, o esquema pode ter desviado até R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024, atingindo milhares de beneficiários.

Ver resumo
  • A CPMI destinada a investigar fraudes no INSS inicia trabalhos nesta terça-feira.
  • A primeira etapa envolve a discussão do plano de trabalho, que será apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar.
  • A votação do plano está marcada para quinta-feira.
  • Parlamentares também votarão requerimentos de convites e convocações de autoridades.
  • O relator quer servidores da CGU, TCU, Receita Federal e compartilhamento de informações pela Polícia Federal para auxiliar nas investigações.
  • Estão previstos 35 pedidos de votação, incluindo convocação de ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS desde o governo Dilma Rousseff.
  • A CPMI recebeu 857 requerimentos, incluindo pedidos de convocação de ministros atuais do governo e quebra de sigilos de associações de aposentados.
  • O irmão do presidente Lula, Frei Chico, também é mencionado nos requerimentos devido a investigações sobre descontos indevidos.
Foto: Rafael Carvalho/INSS CPMI para investigar fraudes do INSS começa nesta terça (26)
Foto: Rafael Carvalho/INSS

A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) criada para investigar as fraudes no INSS inicia os trabalhos nesta terça-feira (26). Na primeira etapa dos trabalhos, prevista para começar às 9h, os integrantes irão discutir o plano de trabalho da Comissão, que será apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A votação do plano está marcada para quinta (28).

Na segunda parte da reunião, os parlamentares irão votar os primeiros requerimentos de convites e convocações. O relator quer que servidores de vários órgãos, como: Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Receita Federal sejam liberados para auxiliar a CPMI nas investigações e pede que a Polícia Federal compartilhe informações e acesso aos inquéritos relacionados à prática de descontos fraudulentos em benefícios administrados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em especial os autos da investigação que deflagrou a Operação Sem Desconto. Além disso, requer acesso integral aos processos administrativos instaurados, desde janeiro de 2015, para apurar denúncias sobre irregularidades e responsabilidade de servidores com os descontos fraudulentos em benefícios pagos pelo INSS.

No total são 35 pedidos que estão na pauta para votação na terça (28.ago). Entre eles estão requerimentos de convocação de ex-ministros da Previdência, como: Carlos Lupi, José Carlos Oliveira e Carlos Eduardo Gabas, além de ex-presidentes do INSS que ficaram à frente dos cargos desde o governo de Dilma Rousseff. Em caso de convocação, o depoimento se torna obrigatório. Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a prioridade é ouvir aqueles que podem trazer informações para que os parlamentares compreendam como funciona a liberação desses benefícios.

"Nós queremos entender esse mecanismo, todas as falhas dele, independentemente do momento. Então, desde o governo Dilma nós ouviremos todos os ministros da Previdência Social. Também desde o governo Dilma estaremos convidando e, se for necessário convocando, todos os presidentes e ex-presidentes do INSS".

Requerimento
Até este domingo, a página da CPMI contabiliza a apresentação de 857 requerimentos. Vários deles pedem a convocação de ministros do atual governo, como: o ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias; o ministro da CGU Vinícius Marques de Carvalho e do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Outros solicitam a quebra dos sigilos bancário e fiscal de várias associações de aposentados.

Outro nome que aparece em algumas dezenas de requerimentos é o do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Ferreira da Silva, o Frei Chico. Ele é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi-FS), uma das entidades investigadas pela Polícia Federal por supostos descontos indevidos nos contracheques dos aposentados do INSS.

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