Cerca de 3 mil famílias cadastradas no programa Bolsa Família, no Piauí, tiveram registro suspenso por irregularidades no cadastro. Em abril, 29 mil piauienses estavam cadastrados no programa como famílias unipessoais – formadas por apenas uma pessoa – e deveriam comprovar a condição informada no sistema. Os registros permaneceriam suspensos até a comprovação das informações.
No Brasil, foram 934 mil benefícios cortados. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), os dados atuais apontam que 622 mil famílias estão devidamente cadastradas. Anteriormente, o número era de 625 mil beneficiários.
Fernanda Soares, coordenadora estadual do Bolsa Família, explica que a situação ocorreu após uma série de novas regras impostas pelo Governo Federal. “Os critérios ficaram mais exigentes, considerando principalmente a questão da renda. Para que a família tenha acesso, ela precisa ter no máximo uma renda de R$ 218 per capita. Então, o programa é para pessoas que estão em situação de pobreza ou extrema pobreza”, disse.
A coordenadora destaca que muitas pessoas que precisam do programa acabam não recebendo o benefício, já que existem pessoas não-regulares ocupando as vagas.
“O foco do programa são famílias na margem da sociedade, que estão em situação de vulnerabilidade e não conseguiram entrar no programa. Muitas vezes as vagas já estão preenchidas por pessoas fora do perfil. Então, a estratégia que o novo ministério do desenvolvimento utilizou foi fazer um cronograma de averiguação cadastral, com o cruzamento de CPFs, através do CNIS, que é o Cadastro Nacional de Informações Sociais”, complementou.
O que fazer se o registro foi suspenso?
Se o usuário do Bolsa Família teve seu cadastro suspenso, bloqueado, ou até mesmo cancelado, mesmo estando regular com as regras cadastrais do programa, é necessário refazer o processo de avaliação e cadastramento.
“Um dos motivos que você pode ter tido o seu benefício suspenso pode ser o fato de você não está atualizando seus dados cadastrais. O programa exige que a família pode ficar, no máximo, até 24 meses sem atualizar os dados. E a outra situação pode ser o descumprimento das funcionalidades do Bolsa Família. Algumas condições como: compromisso com a vacinação da criança, pré-natal, frequência escolar, etc. Então se descumprir tem repercussão no pagamento”, explicou Fernanda Soares.
Para ficar “em dia” com o sistema do Bolsa Família, será necessário que a pessoa vá procurar o Cadastro Único novamente, situado nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da região, com a devida documentação para, então, validar-se novamente no programa.
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