O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, confirmou o envio de técnicos na próxima semana para tratar da crise financeira do Hospital São Marcos, em Teresina. A maior unidade de tratamento oncológico do Piauí suspendeu o atendimento para mais de mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por falta de insumos.
A bancada federal do Piauí esteve nesta quinta-feira (24) reunida com o secretário executivo do Ministério da Saúde. Os senadores reforçaram o pedido para que o Ministério da Saúde enviasse uma equipe para Teresina em busca de uma solução conjunta emergencial.
“Estamos aqui no Ministério da Saúde, onde acabamos de ter uma reunião com o secretário executivo do Ministério e toda a bancada do Piauí para tratar de um assunto gravíssimo, que é a questão do Hospital São Marcos. O secretário ficou de designar uma comissão, o mais rapidamente possível, para dar um diagnóstico, uma solução emergencial para que a população do Piauí não seja prejudicada com o fechamento ou dificuldade de atendimento no São Marcos”, declarou o senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Crise financeira
Nesta quinta-feira (24), o diretor clínico do Hospital São Marcos (HSM), Marcelo Martins, rebateu Charles da Silveira, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), alegando que os R$ 32 milhões repassados, neste ano, para o tratamento contra o câncer são insuficientes, tendo em vista a quantidade de pacientes conveniados pelo SUS.
“O Hospital recebeu de fato, desses R$ 32 milhões, R$ 19 milhões. Porque R$ 8 milhões ficaram retidos, porque são empréstimos que o São Marcos teve que fazer para conseguir manter os tratamentos, e quase R$ 5 milhões não são do hospital, são uma complementação do Piso Nacional da Enfermagem, que é mandado pelo Ministério da Saúde”, disse Marcelo Martins.
Segundo Marcelo Martins, o valor somente foi repassado, mas sua origem não é municipal, mas sim da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) e do Ministério da Saúde (MS). O diretor destacou que o Hospital São Marcos se endividou nos últimos anos para manter o tratamento oncológico em dia, ao mesmo tempo, a Prefeitura de Teresina segue com o pagamento atrasado há mais de 18 meses.
Em nota, a FMS comunicou que “o hospital recebe cerca de R$ 700 mil por mês de renúncia fiscal da Prefeitura de Teresina”.
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