sexta-feira, 26 de setembro de 2025 | Redação

Piauí produziu mais da metade de pó de carnaúba do Brasil, aponta IBGE

Apesar de ser o estado com maior produção do produto, o setor enfrenta uma queda contínua.

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  • O Piauí é o maior produtor de pó de carnaúba do Brasil, responsável por 53,5% da produção nacional em 2024.
  • Em 2023, o Piauí produziu 8,04 mil toneladas de pó de carnaúba.
  • Houve uma retração de 7,4% em relação a 2023 e uma queda acumulada de 35,3% nos últimos dez anos.
  • Fatores como a diminuição da demanda, falta de mão de obra especializada e custos elevados impactam negativamente a produção.
  • Apesar da redução em quantidade, o valor da produção aumentou 2,7%, alcançando R$ 122,3 milhões em 2024, mas ainda abaixo de anos anteriores.
  • Piracuruca é o município líder em produção, seguido por São José do Divino, Campo Maior, Floriano, São Miguel do Tapuio e Nossa Senhora de Nazaré.
  • A produção de carvão vegetal caiu 73% em dez anos, de 154,8 mil toneladas em 2015 para 41,7 mil em 2024.
  • A queda na produção de carvão é devido à substituição pelo gás de cozinha e intensificação da fiscalização ambiental.
  • O extrativismo vegetal no Piauí totalizou R$ 223,5 milhões em 2024, com pó de carnaúba (R$ 122,3 milhões), carvão vegetal (R$ 48,9 milhões) e lenha (R$ 36,2 milhões) sendo os principais produtos.
Carnaúba (Foto: Reprodução) Piauí produziu mais da metade de pó de carnaúba do Brasil, aponta IBGE
Carnaúba (Foto: Reprodução)

O Piauí segue como o maior produtor de pó de carnaúba do Brasil, responsável por mais da metade da produção nacional em 2024. Segundo dados da Pesquisa da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE, o estado produziu 8,04 mil toneladas no ano passado, o que representa 53,5% do total do país. Apesar da liderança, o setor vem enfrentando queda contínua: em relação a 2023, a retração foi de 7,4%, e no acumulado dos últimos dez anos a redução já alcança 35,3%.

De acordo com Pedro Andrade, chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piauí, fatores como a diminuição da demanda, a falta de mão de obra especializada e os custos mais elevados de contratação têm impactado diretamente a atividade. 

“Nos últimos 10 anos, a queda no extrativismo do pó de carnaúba no Piauí se deve a alguns fatores, onde destacamos: o fato da própria queda na produção fez com que a demanda pelo produto no mercado também diminuísse e se estabilizasse no patamar atual”, explicou.

Embora a quantidade produzida tenha diminuído, o valor da produção no Piauí alcançou R$ 122,3 milhões em 2024, aumento nominal de 2,7% em relação ao ano anterior. No entanto, o resultado é inferior ao registrado entre 2019 e 2022, mostrando perda de participação na economia estadual.

No ranking municipal, Piracuruca lidera no estado com 394 toneladas, aparecendo em quarto lugar no país. Outros municípios piauienses em destaque são São José do Divino (382 toneladas), Campo Maior (325 toneladas), Floriano (307 toneladas), São Miguel do Tapuio (296 toneladas) e Nossa Senhora de Nazaré (295 toneladas).

Produção de carvão vegetal em queda acentuada

A produção de carvão vegetal proveniente do extrativismo caiu 73% no Piauí nos últimos dez anos. Em 2015, eram 154,8 mil toneladas, número que recuou para 41,7 mil em 2024. A redução está ligada à substituição pelo gás de cozinha e à intensificação da fiscalização ambiental.

 Produção de carvão vegetal em queda acentuada  

Concentração da produção extrativista

O extrativismo vegetal piauiense somou R$ 223,5 milhões em 2024, e três produtos concentraram 93% desse valor: pó de carnaúba (R$ 122,3 milhões), carvão vegetal (R$ 48,9 milhões) e lenha (R$ 36,2 milhões)

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