O Piauí exportou, no mês de junho de 2025, o equivalente a US$ 106,5 milhões, cerca de R$ 583 milhões, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). As importações no mesmo período somaram US$ 19,9 milhões (R$ 109,2 milhões), resultando em um superávit comercial de US$ 86,6 milhões, aproximadamente R$ 473,8 milhões, o que representa 81,26% dos produtos negociados. O saldo positivo reforça a força do setor produtivo piauiense no mercado internacional.
Entre os principais municípios exportadores, destacam-se Bom Jesus, Corrente e Monte Alegre do Piauí, ao lado de Uruçuí, Parnaíba e Santa Filomena. Essa distribuição geográfica das exportações demonstra o dinamismo econômico do estado, com diversas regiões contribuindo de forma significativa para a balança comercial. O crescimento distribuído fortalece o desenvolvimento local e a geração de renda em várias comunidades.
A soja lidera as exportações, com 77% de participação e um faturamento de US$ 82 milhões, seguida por algodão bruto (4,5%), outras gorduras e óleos animais e vegetais (4,2%), farelo de soja (3,8%) e milho e minério de ferro (3,5% cada). Embora concentrada, a pauta de exportações evidencia uma base produtiva diversificada, com potencial de crescimento em diferentes setores.
No acumulado de janeiro a junho de 2025, o Piauí exportou US$ 551,1 milhões (R$ 3,014 bilhões), enquanto no mesmo período de 2024 foram exportados US$ 604,5 milhões (R$ 3,306 bilhões). A queda de US$ 53,4 milhões, ou 8,8%, sinaliza um recuo, mas não compromete o desempenho geral, dada a robustez do superávit e a diversidade de produtos e destinos.
A China segue como principal destino das exportações piauienses, responsável por 65% das compras. Outros países de destaque incluem Espanha (4,8%), Vietnã (4,5%), Paquistão (4,1%), EUA (3,7%), Alemanha (3,6%) e Irã (3,4%). Essa variedade de mercados reduz a dependência de um único parceiro comercial e fortalece a resiliência da economia estadual.
Na comparação com junho de 2024, houve queda de 30,7% nas exportações, com um recuo de US$ 47,4 milhões em relação ao ano anterior, quando o estado exportou US$ 153,9 milhões. Em relação a maio de 2025, a queda foi de 18,2%, com US$ 23,8 milhões a menos comercializados. Apesar disso, o superávit expressivo e a base exportadora sólida mantêm um cenário econômico positivo.
Já as importações de junho de 2025 somaram US$ 19,9 milhões (R$ 109,2 milhões), um crescimento de 28,6% em relação a junho de 2024, quando foram registrados US$ 14,2 milhões (R$ 77,9 milhões).
Para Deusval Lacerda de Moraes, superintendente de Desenvolvimento Econômico do Estado, os resultados são fruto de uma política estratégica de longo prazo. “O governador Rafael Fonteles tem conduzido uma política planejada e eficaz voltada ao desenvolvimento econômico e sustentável do nosso estado. Esse compromisso se reflete no apoio ao agronegócio, à agroindústria e a todas as cadeias produtivas, mas vai além: impulsiona também o progresso social, infraestrutural e tecnológico do Piauí.
O recente megaevento Nordeste On (NEON), realizado em Teresina, é um exemplo disso — um marco para inserir os piauienses nesse novo cenário da economia mundial movida à inovação e tecnologia”, destaca. Ele também ressaltou o papel da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), liderada por Janaínna Marques, no fortalecimento da economia local.
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