Pelo segundo dia seguido, a Petrobras reduziu o preço da gasolina vendida nas refinarias. Nesta sexta-feira (4), a empresa está negociando o litro do combustível a R$ 1,4537. Ontem (3) a estatal já havia reduzido o preço de R$ 1,5087 para R$ 1,4675.
As novas reduções, no entanto, ainda não chegaram nas bombas, apesar de o consumidor já conseguir encontrar o combustível mais barato em 2019. Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Donos dos Postos de Combustíveis do Piauí, José Couto, a razão para a demora é que as distribuidoras ainda não repassaram a queda.
“Estamos esperando que as distribuidoras derrubem o preço, para podermos aplicar essa queda nas bombas. Dependemos disso. O advogado do sindicato, inclusive, já peticionou ao Ministério Público porque as distribuidoras não estão baixando o preço na mesma velocidade. Já mostramos as notas ao MP duas vezes. O problema não é com a gente”, esclarece o empresário.
Couto acrescenta que o preço do etanol também influencia no valor final da gasolina. “Às vezes o preço da gasolina cai, mas o do etanol sobe. Existe uma conversa para permitir que os postos comprem etanol direto das usinas. Isso seria maravilhoso para o consumidor, porque o preço cairia muito se não tivéssemos a obrigação de comprar pelas distribuidoras”, afirma.
Média em Teresina
Segundo o tesoureiro, é possível encontrar em Teresina o litro da gasolina sendo vendido a R$ 4,25, mas a média está em torno de R$ 4,30, R$ 4,35. Os valores mais altos estão, atualmente, próximos de R$ 4,49 – ainda assim, muito abaixo da máxima de 2018, que foi de R$ 4,84 nas bombas.
“A gasolina vem em queda depois das eleições. Até o diesel baixou, porque o dólar caiu e o petróleo é negociado em dólar. Esperamos que caia mais, até porque essas quedas mais recentes ainda não chegaram às bombas, mas não dá para ter certeza de nada ainda”, completa Couto.