sábado, 4 de outubro de 2025 | Redação

MP-PI investiga prefeitos de Manoel Emídio e Colônia do Gurgueia por suposta fraude em concursos públicos

Denúncia aponta conluio entre gestores, parentesco familiar e contratações por apadrinhamento político em substituição a aprovados em concursos públicos.

Ver resumo
  • A Promotoria de Justiça de Manoel Emídio investiga suposta irregularidade na atuação dos prefeitos Orlando Almeida de Araújo e Lisiane Franco Rocha Araújo em concursos públicos.
  • Os prefeitos são acusados de conluio para anular concursos e favorecem interesses políticos, oferecendo apoio jurídico a denunciantes.
  • O advogado envolvido também atuou no registro das candidaturas dos prefeitos, havendo coincidência de argumentos em processos judiciais.
  • Eles são cunhados e pertencem à mesma base política, mantendo altos números de contratados por apadrinhamento, sem concurso público.
  • As ações podem violar princípios constitucionais e configurar improbidade administrativa, além de infrações na Lei de Licitações e no Código Penal.
  • O Ministério Público notificou os envolvidos para que respondam em 15 dias com documentos de defesa.
  • Não houve resposta dos prefeitos às tentativas de contato para esclarecimentos.
(Foto: reprodução) MP-PI investiga prefeitos de Manoel Emídio e Colônia do Gurgueia por suposta fraude em concursos públicos
MP-PI investiga prefeitos de Manoel Emídio e Colônia do Gurgueia por suposta fraude em concursos públicos

A Promotoria de Justiça de Manoel Emídio instaurou uma Notícia de Fato para apurar denúncias de suposta atuação irregular dos prefeitos Orlando Almeida de Araújo (Manoel Emídio) e Lisiane Franco Rocha Araújo (Colônia do Gurgueia) em conluio para frustrar o caráter concorrencial de concursos públicos realizados nos dois municípios

De acordo com a denúncia anônima apresentada à Ouvidoria do Ministério Público do Piauí, os gestores, antes mesmo de assumirem seus mandatos, teriam oferecido apoio jurídico a denunciantes dos certames com o objetivo de anular os concursos e favorecer interesses políticos. O advogado que patrocina as ações contra os concursos também teria atuado no registro das candidaturas dos prefeitos, havendo coincidência nos argumentos apresentados ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal de Contas do Estado.

A manifestação ainda aponta que os dois prefeitos são cunhados, pertencem à mesma base política e estariam mantendo elevado número de contratados por apadrinhamento político, sem concurso ou seleção pública, em substituição às nomeações previstas nos certames.

Segundo o despacho assinado pelo promotor de Justiça Assuero Stevenson Pereira Oliveira, os fatos narrados podem configurar violação aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, além de possíveis atos de improbidade administrativa. Também foram mencionadas hipóteses de infrações previstas na Lei de Licitações e no Código Penal, como frustração de caráter competitivo de licitação ou seleção pública.

O Ministério Público determinou a notificação dos envolvidos para que apresentem manifestação no prazo de 15 dias, facultando a entrega de documentos que considerem relevantes para sua defesa. A Ouvidoria do MP-PI também foi comunicada sobre a instauração do procedimento.

A nossa redação tentou o contato com os dois prefeitos (a), citados na ação, porém até o momento sem resposta de ambos. O espaço continua aberto para esclarecimentos. 

Clica no link e acesse o processo MPPI.pdf

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