sexta-feira, 31 de outubro de 2025 | Redação

57% das cidades do Piauí não têm órgão de gestão habitacional, diz IBGE

Segundo o levantamento, 127 municípios do estado (56,7%) declararam não dispor de qualquer estrutura voltada à política habitacional.

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  • Em 2024, 57% dos municípios piauienses não tinham órgão responsável pela gestão da política habitacional.
  • O Piauí está em terceiro lugar entre os estados brasileiros com menor proporção nessa área.
  • Dos municípios piauienses, 43,3% tinham algum órgão voltado para habitação, mas apenas 2,68% tinham uma Secretaria Municipal exclusiva.
  • Nacionalmente, 37% dos municípios brasileiros também não possuíam órgão específico para gestão habitacional.
  • Os instrumentos mais presentes nos municípios do Piauí são o cadastro de famílias interessadas (56,7%), o Conselho Municipal de Habitação (21,9%), o Plano Municipal de Habitação (16,5%), e o Fundo Municipal de Habitação (14,7%).
  • Apenas 49,1% dos municípios piauienses realizaram ações habitacionais em 2024.
  • As principais ações foram regularização fundiária, melhoria de unidades habitacionais, urbanização de assentamentos, oferta de material de construção e construção de novas moradias.
  • No nível estadual, todos os 27 estados do Brasil tinham órgão dedicado à política habitacional em 2024.
  • No Piauí, a Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) gere essa política a nível estadual.
57% das cidades do Piauí não têm órgão de gestão habitacional, diz IBGE
Foto: Ministério das Cidades/Divulgação

Cerca de 57% dos municípios piauienses não possuíam, em 2024, nenhum órgão responsável pela gestão da política habitacional. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (30) pela Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) do IBGE, e coloca o Piauí com a terceira menor proporção do país nesse quesito.

Segundo o levantamento, 127 municípios do estado (56,7%) declararam não dispor de qualquer estrutura voltada à política habitacional.

Entre os 97 municípios (43,3%) que afirmaram ter algum órgão responsável, apenas seis (2,68%) contavam com uma Secretaria Municipal exclusiva para tratar do tema.

Nos demais casos, o assunto era tratado de forma compartilhada:

  • em 69 municípios (30,8%), o setor era subordinado a outra secretaria;
  • em 14 municípios (6,25%), havia uma secretaria que englobava outras políticas;
  • e em oito municípios (3,57%), o tema era tratado diretamente pela chefia do Executivo.

No cenário nacional, 37% dos municípios brasileiros também não tinham órgão específico para gestão habitacional.

Instrumentos e programas habitacionais

Entre os instrumentos de gestão adotados pelos municípios piauienses, o cadastro de famílias interessadas foi o mais presente, aparecendo em 56,7% das cidades.

Outros instrumentos citados foram:

  • Conselho Municipal de Habitação – presente em 21,9% dos municípios;
  • Plano Municipal de Habitação – 16,5%;
  • Fundo Municipal de Habitação – 14,7%.

A pesquisa também revelou que apenas 49,1% dos municípios piauienses realizaram programas ou ações na área habitacional em 2024.

As principais iniciativas foram:

  • Regularização fundiária (55 municípios);
  • Melhoria de unidades habitacionais (38);
  • Urbanização de assentamentos (27);
  • Oferta de material de construção (25);
  • Construção de novas moradias (22).

Por outro lado, 114 municípios (50,9%) informaram não ter promovido nenhuma ação habitacional no período.

Gestão estadual

A Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (ESTADIC), também do IBGE, mostrou que todos os 27 estados do país possuíam, em 2024, algum órgão dedicado à política habitacional.

No Piauí, essa responsabilidade é da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), vinculada à administração indireta do Governo do Estado.

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