A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) investiga mais uma morte por dengue em estágio grave no estado. A vítima é uma adolescente de 17 anos que estava internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí.
A adolescente deu entrada no HEDA no dia 17 de abril de 2022 e faleceu no mesmo dia, com quadro clínico compatível com dengue. Devido a gravidade do caso e desfecho rápido, o diagnóstico pelo HEDA foi fechado clinicamente.
O Portal ClubeNews apurou que a maioria dos pacientes em Parnaíba estão chegando ao hospital com o quadro grave da doença, tanto nos hospitais públicos como nos privados. A adolescente, segundo relatos, agravou os sintomas nos últimos sete dias.
Comprovar doença
Às 13h20, em nota, a Sesapi ressaltou que duas mortes já foram confirmadas e outras duas estão em investigação por dengue no estado.
Segundo a Sesapi, a coordenadora estadual de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, disse que a declaração de óbito da adolescente aponta que “a morte foi em decorrência do agravamento da dengue, mas o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS) não pode fechar o protocolo sem os exames laboratoriais”.
“O atestado de óbito da adolescente saiu como ‘causa mortis’ Dengue Hemorrágica, mas o Ministério da Saúde não está aceitando como mais um óbito pela doença porque não foram feitos os exames laboratoriais pertinentes, uma vez que a jovem já chegou em estado gravíssimo e evoluiu para a morte”, afirma a coordenadora na nota.
Mortes Confirmadas
A primeira morte confirmada por dengue em 2022 foi divulgada pela Sesapi no dia 10 de março. O paciente era um homem de 19 anos, de Teresina.
O Lucas Rodrigues, de apenas 9 anos, também não resistiu aos sintomas e morreu em decorrência da doença. A morte por dengue foi confirmada pela Sesapi no dia 30 de março de 2022. Ele estava internado em um hospital particular de Teresina.
Mortes em investigação
A terceira morte foi divulgada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) no dia 13 de abril de 2022 e ainda está em fase de investigação. A paciente tinha 45 anos e estava internada em um hospital municipal. Ela tinha comorbidades.
A quarta morte em investigação é da adolescente em Parnaíba, de 17 anos, que faleceu n dia 17 de abril.
A coordenadora esclareceu que todo paciente grave, com sinais de alerta para dengue, deve ter material coletado e encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí para confirmação laboratorial.
DENGUE
Sintomas e tratamento Existem quatro tipos de vírus de dengue – sorotipos 1, 2, 3 e 4. A febre alta é um dos principais sintomas da doença. Outros são dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
A infecção por dengue também pode não causar sintomas, ser leve ou grave. Nesse último caso, pode até levar à morte.
As pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão.
Não há tratamento específico para a dengue. De acordo com a avaliação médica, são recomendadas medidas como fazer repouso, ingerir bastante água e não tomar medicamentos por conta própria. Pode ser recomendada também a hidratação com soro nas veias. Em caso de suspeita, é fundamental procurar um profissional de saúde para ter o diagnóstico correto.
A zika e chikungunya têm sintomas semelhantes aos da dengue como febre, dor de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas. O tratamento também é feito de acordo com os sintomas.
No caso da chikungunya, algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas articulações que duram meses ou anos.
Controle e prevenção Com as altas temperaturas e períodos chuvosos a expectativa do número de criadouros aumenta.
O Ministério da Saúde relembra que para fazer o controle efetivo da proliferação do mosquito é necessário tirar ao menos dez minutos de apenas um dia da semana para verificar o telhado, calhas entupidas, piscina, garrafas, pneus e demais itens que possam ser criadouros.
Mesmo em lugares que necessitem fazer o armazenamento de água é importante não deixar os reservatórios destampados para evitar que o mosquito coloque ovos dentro dessas águas.
Fonte: Ministério da Saúde
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