A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (12/12), 34 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de sequestro de bens e valores em nove municípios do Piauí e do Maranhão.
Os mandados foram cumpridos dentro da Operação Mustache, que investiga desvios de recursos públicos federais, estimados em R$ 10 milhões, destinados à Saúde e à Educação.
O nome da Operação “Mustache”, que significa bigode em inglês, faz referência ao uso pelo grupo criminoso dos endereços de barbearia em Teresina para o registro de “empresas de fachada”.
O delegado Oto Andrade Teixeira, da Polícia Federal, informou que nos endereços dos mandados de busca a apreensão foram apreendidos veículos e embarcações.
“Foram realizados em razão desses mandados apreensões de veículos e embarcações no valor aproximado de R$ 2 milhões e quantia em espécie armazenada no valor de R$ 150,00, além dos bloqueios de contas bancárias e instituições financeiras”, disse o delegado.
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Entre os endereços vinculados aos investigados estão nove órgãos públicos municipais, além de residências e empresas vencedoras das licitações. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.
O objetivo desta ação é interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, bem como recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados da Saúde e Educação.
Início das investigações
A investigação iniciou a partir dos resultados de auditoria interna da Controladoria-Geral da União (CGU), que constatou a existência de indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício do grupo de empresas que se sagravam vencedoras das disputas públicas.
Na sequência, foi identificado o superfaturamento por sobrepreço e por quantidade em razão de emissão de notas fiscais com quantidades de produtos superiores às efetivamente entregues ou venda de “notas fiscais frias”, quando é feito o pagamento dos impostos, porém sem entrega de produtos.
Apurou-se uma série de irregularidades em contratos e aditivos celebrados pelos entes com as empresas investigadas, que ensejou o sequestro de bens e valores dos investigados. O inquérito policial apura crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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