Nesta semana, a região do Vale do Gurgueia, no Sul do Piauí, foi marcada por dois julgamentos de feminicídio que mobilizaram a população e reacenderam o debate sobre a violência contra a mulher. Os casos ocorreram nas cidades de Bom Jesus e Redenção do Gurgueia, e ambos deixaram cicatrizes profundas nas respectivas comunidades. Os dois acusados foram a juri popular.
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Feminicídio em Bom Jesus
O primeiro caso diz respeito a Miriam Silva de Santana, de 27 anos, assassinada a facadas em 2020, em Bom Jesus. O crime chocou a cidade e gerou grande clamor por justiça. No entanto, o julgamento foi adiado devido à ausência da defesa do acusado, impedindo a continuidade do processo. O adiamento gerou revolta entre familiares e amigos da vítima, que aguardam por uma nova data para que o caso seja finalmente julgado.

Feminicídio em Redenção do Gurgueia
O segundo caso aconteceu em Redenção do Gurgueia, em 2016. A dona de casa Ivanete Maia foi encontrada sem vida dentro de sua própria casa, encostada na cama, pelo filho. O garoto, ao retornar da escola, se deparou com a cena brutal, que comoveu toda a cidade. Após anos de espera, o julgamento foi realizado e resultou na condenação do réu a 16 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial fechado. A sentença foi baseada na pronúncia, considerando homicídio qualificado com emprego de asfixia e cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
Apesar da condenação, o réu não compareceu ao julgamento. Durante o trâmite processual, a Justiça relaxou sua prisão, permitindo que ele aguardasse em liberdade. A defesa alegou que ele não possuía condições financeiras para se deslocar até Bom Jesus e participar do julgamento, pois reside atualmente em outra cidade. A sentença ainda aguarda a assinatura do juiz para ser oficializada.

Os dois casos reforçam a luta por justiça e o combate à violência contra a mulher na região, evidenciando a necessidade de políticas mais eficazes para a proteção das vítimas e a punição dos agressores. Familiares das vítimas e movimentos sociais seguem acompanhando os desdobramentos e cobrando respostas das autoridades.
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