Um vereador candidato à reeleição em Elesbão Veloso, que não teve seu nome informado, é investigado por suspeita de emitir mais de 120 falsos comprovantes de endereço para fraudar domicílio de eleitores, segundo a Polícia Federal. Contra ele foram cumpridos três mandados de busca e apreensão pela Operação Águas Rasas, nesta quarta-feira (28), em Elesbão Veloso.
O objetivo do candidato, conforme a delegada da PF, Milena Caland, era conseguir a transferência de domicílio eleitoral para angariar mais votos no município. Alguns dos eleitores inclusive eram de Teresina e pediram a transferência do local de votação para Elesbão Veloso, cidade distante cerca de 170 km.
A fraude foi descoberta porque o vereador é também funcionário da concessionária de abastecimento de água e o documento, usado para comprovar residência, é uma certidão negativa de débito. Este documento é emitido em um setor específico, exatamente o setor onde o vereador trabalha.
“Na condição de funcionário de órgão de prestação de serviços públicos e candidato a vereador, recrutou eleitores de outras cidades para formalizarem requerimentos de alteração de seus domicílios eleitorais (RAE) e era o responsável pela inserção de dados falsos em sistema, produzindo certidões materialmente verdadeiras, porém, com dados de endereços fictícios”, informou a PF.
A PF apura também a participação dos eleitores no esquema e se receberam vantagens financeiras para participação na fraude.
Policiais cumpriram três mandados judiciais de busca e apreensão no município de Elesbão Veloso, para apreensão de provas. Os mandados foram expedidos pela 48ª Zona Eleitoral.
Foram identificados, inicialmente, 41 eleitores que formalizaram pedidos de transferência mediante fraude, culminando no indeferimento dos mesmos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, havendo, ainda, suspeição sobre outros 85 requerimentos.
Os investigados poderão ser responsabilizados pelo cometimento dos crimes de alistamento fraudulento, falsidade ideológica para fins eleitorais, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa. As penas somadas são de até 25 anos de reclusão.
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Fonte: G1 PI