Um levantamento preliminar realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) constatou que o Piauí faz parte dos 12 estados que possuem potencial para a presença da chamada “terras raras” no solo, conjunto de 17 elementos químicos utilizados na inovação tecnológica e como fonte de energia limpa.
O estudo ainda identificou 39 novas ocorrências de terras raras, urânio e fosfato na borda oriental da Bacia do Parnaíba. As terras raras estão localizadas no Leste do estado, região que faz divisa com Ceará e Pernambuco.
O gerente de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Nilo Pedrosa, explicou que os elementos estratégicos são utilizados na produção de placas solares, turbinas eólicas e na aviação. Eles também são elementos críticos, ou seja, há um risco de escassez gerando um interesse global nessas substâncias.
“A gente tem ocorrências de rochas fosfáticas e a questão do urânio. O Brasil detém o monopólio para a extração de urânio, com teores importantes, onde a gente deve priorizar esses estudos”, disse.
Segundo Nilo, precisam ser priorizados acordos de cooperação técnica com o governo federal e parcerias pública-privada para que seja ampliado e refinado o conhecimento das Terras Raras. Ele frisou que não basta ter teores representativos, mas precisa analisar a dimensão dessas ocorrências.
Nilo destacou que ainda há uma programação de ampliação dos estudos. Caso ampliado, a pesquisa pode levar o estado e todo o país para um novo cenário na exploração de minérios.
“A gente tem uma programação para ampliar esses estudos como levantamento geofísicos aéreos por meio de drones, para que a gente possa ter ideia da dimensão desses depósitos. Temos algumas conversas agendadas como o Governo do Estado para ver como a gente pode avançar nesse sentido”, comentou.
Ainda existe exploração desse elemento sendo realizada no estado. Segundo a SGB, a ideia é de ampliar o conhecimento junto ao setor privado e entender qual o cenário que o Piauí se encaixa diante dessas substâncias.
