O 'Janeiro Sem Álcool' parece uma proposta simples: nada de álcool ao longo de um mês. E alguns entusiastas embarcam sem muito planejamento, talvez até de ressaca depois das festas de fim de ano.
Segundo David Wolinsky, professor assistente de psiquiatria e ciências comportamentais da Johns Hopkins Medicine especializado em dependência, não há dados sugerindo que essas pessoas não conseguirão se abster de beber. Mas começar o mês com algumas estratégias em mente e com uma clara compreensão de seus objetivos pode ajudar a aproveitar ao máximo o desafio.
A maioria dos benefícios do Janeiro Sem Álcool provavelmente estará relacionada à intenção com a qual você entra no desafio — afirma Wolinsky.
Ele enfatiza que o Janeiro Sem Álcool não substitui o tratamento para pessoas com transtorno do uso de álcool, mas aqueles que procuram um recomeço no ano podem se beneficiar do reinício mental e físico que ele oferece, e da oportunidade de adotar novos hábitos. Por exemplo, um estudo descobriu que seis meses após o término do Janeiro Sem Álcool, os participantes estavam bebendo menos do que antes.
Conversamos com David Wolinsky e outros especialistas sobre algumas estratégias para um mês bem-sucedido.
Compartilhe seu plano com as pessoas
Casey McGuire Davidson, coach de sobriedade e apresentadora do podcast "The Hello Someday Podcast", acredita que um dos passos mais simples é divulgar entre amigos e familiares que você pretende ficar um mês sem álcool.
Pesquisas mostraram que a responsabilidade pode desempenhar um papel crítico em ajudar os hábitos a se fixarem, e você pode encontrar um amigo ou parceiro para se juntar a você. Mesmo que não encontre, pode se surpreender com o quanto as pessoas apoiam seu objetivo, mas o ideal é compartilhar apenas com quem é de confiança.
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— O Janeiro Sem Álcool oferece às pessoas um período em que podem parar de beber com apoio, sem muitas perguntas — ressalta. Davidson também recomenda ler livros que possam ajudá-lo a avaliar seu relacionamento com o álcool ou ouvir podcasts sobre sobriedade.
Fonte: O Globo
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