terça-feira, 24 de outubro de 2023 | Ronilton Leal

Projeto Carbono Positivo ganha força no Cerrado do Piauí


Projeto Carbono Positivo ganha força no Cerrado do Piauí

Depois de se destacar no uso de biodefensivos, com pesquisas realizadas nas fazendas do cerrado, o Piauí se prepara para mais uma etapa do trabalho rumo a agricultura cada vez mais sustentável com o projeto Cerrado Carbono Positivo. A pesquisa dos produtores piauienses, que já contava com apoio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), agora terá também apoio da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

O projeto prevê estudos para firmar um protocolo de encontrar a dosagem correta de calcário para a correção da acidez dos solos e de adubação com fósforo e potássio e agora também vai trabalhar com o desafio de diminuir a presença dos gases de efeito estufa na produção de grãos como de soja e milho.

Isso garante mais sustentabilidade e preservação de ecossistemas. A inclusão do Piauí se deu em 2021, na fazenda Emaflor, no município de Baixa Grande Ribeiro, da qual também participou a propriedade, que agora será ampliado a pesauisa através do convênio com a UFPI.  A vice-reitora da UTFPR,  Tangriani Simioni Assmann, esteve recentemente no Piauí quando se reuniu com o Piotre Laginski, vice-diretor administrativo da Aprosoja Piauí e o reitor da UFPI Gildásio Guedes pata tratar da parceria.  Piotre Laginski cede uma área de cerca de 100 hectares, na região de Baixa Grande do Ribeiro, para a execução da pesquisa.

Atualmente fazem parte desse projeto de pesquisa, ensino e extensão o Prof. Julian Junio de Jesus Lacerda da UFPI, Campus Bom Jesus, a Prof. Tangriani Simioni Assmann e o Prof. André Brugnara Soares, ambos da UTFPR e o Prof. Edicarlos Damacena da UFR (Universidade Federal de Rondonópolis). Somam-se a esses estudantes de graduação e pós-graduação das duas universidades.

Pesquisas já geraram a redução do uso de fertilizantes 

Além da dosagem a melhor utilização dos insumos como calcário, potássio e nitrogênio. Estes estudos irão provar, com números e com pesquisas, que no Piauí se tem produção agrícola sustentável com baixo carbono ou com carbono neutro e que é possível dentro dos sistemas. “O fator integração da lavoura com a pecuária também é de grande importância”, lembra o produtor. A idéia é que no futuro a maioria das propriedades estejam numa certificação de propriedades de baixo carbono, ou o que a gente espera, que sejam propriedades de balanço positivo de carbono, acrescenta.

Com os dados da pesquisa já foi possível a redução de uso de fertilizantes, sejam eles os fósforos, os nitrogenados, a ureia, o potássio, porque é possível ver que forma se aproveita melhor esses nutrientes, que também tem custo elevado “Então, essas pesquisas vão mostrar justamente isso, de que forma e como a gente pode ter um sistema muito mais sustentável, que a gente já tem hoje, e com boas remunerações ao produtor, e um ganho muito grande ambiental para o Piauí”, finaliza Pietro.

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