quarta-feira, 8 de janeiro de 2025 | Ronilton Leal

Padrasto da mãe das crianças envenenadas é preso em Parnaíba


Padrasto da mãe das crianças envenenadas é preso em Parnaíba

O padrasto da mãe das crianças envenenadas em Parnaíba (PI), identificado como Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (8). Quatro pessoas da família morreram; entre elas duas crianças.

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O homem é o principal suspeito de aplicar terbufós, substância altamente tóxica, no arroz consumido pela família no dia 1° de janeiro de 2025.

Ao chegar à Central de Flagrantes de Parnaíba, Francisco de Assis afirmou que levou coroas de flores à mãe das crianças, Francisca Maria da Silva, durante o velório e negou ter envolvimento no caso.

“Estou contando com a justiça de Deus. Eu comprei as coroas de flores e ainda estou devendo. Eu não uso produtos (tóxicos). A polícia foi lá. Eu não tenho nada a dizer”, declarou.

A prisão aconteceu durante operação da Polícia Civil, que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do suspeito. O delegado Williams Pinheiro disse que as investigações vão continuar.

“A gente está continuando. Vamos ter mais buscas e a gente está analisando, fazendo apreensões em alguns casos. A operação não acabou”, adiantou o delegado em entrevista à TV Clube.

No decorrer das investigações, Francisco de Assis chegou a conceder entrevista à imprensa, cobrando a responsabilização de possíveis envolvidos no caso. Durante as gravações, o suspeito mantinha semblante de tristeza e abalo pelo caso.

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ENVENENAMENTO COLETIVO 

Uma família foi envenenada ao comerem uma comida com terbufós, uma substância altamente tóxica, no almoço do dia 1º de janeiro de 2025, na cidade de Parnaíba. O produto é encontrado, normalmente, em “chumbinhos” usados para matar ratos.

A primeira morte confirmada foi de Manoel Leandro Silva, de 17 anos, no dia 1º de janeiro de 2025. Ele faleceu dentro da ambulância antes de receber atendimento médico no hospital.

A segunda vítima foi um bebê de 1 ano e 8 meses. Igno Davi Silva chegou a ficar internado no HEDA, mas morreu no dia 2 de janeiro de 2025, após complicações no quadro de saúde.

Nesta segunda-feira (6), Maria Lauane da Silva, de 3 anos, não resistiu ao quadro de envenenamento e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), para onde foi transferida, para onde foi transferida. Ela teve falência múltipla dos órgãos.

Na terça-feira (7), a mãe da Maria Lauane Silva e do Igno Davi Silva também morreu em decorrência do envenenamento. Francisca Maria da Silva é enteada do principal suspeito de colocar o veneno na comida da família. Ela foi sepultada com a família Maria Lauane.

Outros dois filhos de Francisca Maria também morreram envenenados, mas no ano passado. Em 2023, Francisca Maria perdeu dois filhos, João Miguel Silva, 7 anos, e Ulisses, 8 anos. Eles comeram cajus envenenados com chumbinho, segundo apontou a Polícia Civil do Piauí.

No caso dos irmãos que comeram os cajus, a suspeita de dar o alimento envenenado foi uma vizinha da família. Lucélia Maria da Conceição está presa desde agosto de 2024, quando o caso aconteceu.

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