No mês da conscientização da Escoliose, médico fala sobre a evolução médica no tratamento da doença

Junho Verde é um mês dedicado à conscientização da escoliose. A doença, caracterizada pela curvatura assimétrica da coluna vertebral formando curvatura em formato de S (mais de uma curvatura) ou C (uma só curvatura), acomete cerca de 4% da população mundial, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Segundo o médico ortopedista cooperado da Unimed Teresina, Dr. Frederico Leite (CRM -PI 3718), a escoliose pode acontecer em qualquer fase da vida, mas na grande maioria dos casos ocorre na adolescência. O especialista enfatiza a importância do diagnóstico precoce, que pode ser realizado observando-se sinais visíveis ou sintomas como desconforto postural.

“A grande maioria dos casos vai se desenvolver durante o período juvenil e adolescente. Neste período, os adolescentes podem apresentar queixas de dor ou incômodo, mas o sintoma mais comum é a deformidade estética, percebida pelos pais por meio de alterações na postura da criança. A crença de que mochilas pesadas causam escoliose é infundada; no entanto, é importante evitar sobrecargas na coluna para prevenir dores e problemas posturais”, esclarece o ortopedista.

Mesmo sendo perceptível, a escoliose precisa ser diagnosticada por um médico especialista, pois o tratamento correto depende do grau da curvatura e do potencial de crescimento do paciente. “Escolioses leves podem ser tratadas com exercícios fisioterapêuticos para melhorar a postura e limitar a progressão. Pacientes com escoliose moderada e potencial de crescimento podem usar órteses, como coletes ortopédicos, em combinação com exercícios fisioterapêuticos. Nos casos avançados, onde a curvatura excede 50 graus, é recomendada a correção cirúrgica para prevenir problemas cardiorrespiratórios e outras complicações”, explica.

O médico também ressalta a evolução no tratamento cirúrgico e em como ele traz mais segurança e eficácia. “A cirurgia para correção da escoliose evoluiu significativamente, promovendo uma recuperação mais precoce e um maior poder de correção da deformidade. Os materiais e implantes utilizados atualmente permitem uma correção superior comparada aos materiais de primeira geração. Além disso, a técnica cirúrgica tornou-se mais segura graças ao auxílio da neuromonitorização. Durante todo o procedimento, os nervos e a medula espinhal são monitorizados, reduzindo a possibilidade de qualquer dano neurológico e aumentando a segurança do procedimento”, pontua.

Recentemente, foi realizada a primeira cirurgia de coluna vertebral no Piauí utilizando o sistema de navegação intraoperatória. O procedimento ocorreu no Hospital Unimed Primavera, conduzido pelo médico ortopedista e cirurgião de coluna, Dr. Alexandry Dias Carvalho (CRM-PI 2669), em parceria com a empresa alemã BrainLab. A tecnologia inovadora utilizou um equipamento moderno que, com auxílio de softwares, permitiu ao cirurgião uma visão 3D da coluna, guiando os instrumentos e implantes com precisão milimétrica.

Por fim, o médico ortopedista recomenda a prática de atividades físicas para impedir o agravamento da escoliose e, além de ajudar na saúde em geral. “A melhor atividade física é aquela que o paciente gosta de praticar e à qual consegue aderir regularmente. Natação, balé, pilates e musculação são todos exercícios bem-vindos para pacientes com escoliose”, orienta.

Saiba mais sobre a Escoliose no Youtube da Unimed Teresina: https://www.youtube.com/watch?v=tfOAttxuOks&t=100s