O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) abriu um protocolo de morte encefálica, nesta terça-feira (27), para João Miguel Silva, menino de 7 anos envenenado em Parnaíba. Ele e seu irmão Ulisses, de 8 anos, foram vítimas de envenenamento após consumirem frutas supostamente envenenadas por uma vizinha. O incidente ocorreu no dia 22 de agosto.
Os dois foram inicialmente atendidos em Parnaíba etransferidos ao HUT, no domingo (25), em estado grave. Ulisses permanece internado na UTI Pediátrica, em coma e respirando com ajuda de aparelhos.
Lucélia Maria da Conceição, suspeita do crime, foi presa preventivamente. O caso gerou grande comoção, levando até ao incêndio da casa da suspeita por populares revoltados.
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Na decisão que converteu a prisão em flagrante da suspeita em preventiva, o juiz Marcos Antonio Moura Mendes apontou que a materialidade do crime foi demonstrada e existem indícios de autoria, tais como:
- Veneno encontrado na residência da indiciada;
- Existência de cajueiro em frutificação no quintal da residência dela;
- Histórico de agressões a crianças, conforme relatos de vizinhos.
Segundo o delegado Renato Pinheiro, da Central de Flagrantes de Parnaíba, a suspeita negou ter envenenado as crianças. No entanto, ela mesma indicou, durante busca e apreensão realizadas em sua casa, o local onde o veneno estava.
Os policiais encontraram, debaixo de uma cômoda, envólucros de estricnina, conhecida popularmente como “chumbinho”. A substância pode provocar desordem convulsiva, contrações musculares e falência respiratória.