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Governo do Piauí determina reunião entre partidos para conter aglomerações em atos políticos

Um encontro do Comitê de Operações Especiais (COE) Ampliado realizado nessa sexta-feira (16) para discutir novas medidas de controle ao coronavírus definiu que os partidos políticos no estado devem ser convocados para uma reunião. No encontro, o COE apontou como possível causa do aumento de casos de Covid-19 no Piauí, nas últimas semanas, as aglomerações em campanhas políticas.

O governador Wellington Dias (PT) convocou a reunião, realizada remotamente, e os membros do COE apontaram como possíveis causas do crescimento de casos as aglomerações de pessoas em eventos sociais e políticos, além do descumprimento das medidas sanitárias pela população.

“Evitamos o cenário catastrófico de 33 mil óbitos estimados no início da pandemia, mas a doença não passou e estamos longe de uma situação de conforto. Não podemos ser apenas reativos e chegarmos ao ponto de lotar nossa rede de saúde. Precisamos de medidas restritivas especialmente nas reuniões políticas”, pontuou o diretor do Hospital Natan Portela e médico infectologista José Noronha, membro do COE.

Partidos devem se reunir com autoridades

Diante da situação, foi determinada a realização de uma reunião dos partidos políticos com representantes da Justiça Eleitoral, Ministério Público e Vigilância Sanitária, para reapresentação do regramento a ser cumprido pelos candidatos e coligações nas atividades de campanha.

Os juízes eleitorais serão orientados a exercer o poder de polícia para garantir as restrições higiênico-sanitárias. As instituições representadas no COE devem massificar informações de alerta à população, quanto ao risco que a Covid-19 ainda representa e da necessidade de manter os cuidados como uso de máscara, distanciamento e isolamento social.

Segundo o governo do estado, tanto a Justiça Eleitoral quanto o Ministério Público entendem que partidos e candidatos precisam respeitar o regramento sanitário que proíbe grandes aglomerações.

“Vemos com preocupação esse crescente número, verificado depois que iniciou o processo de propaganda. Os políticos lideram, mas não têm como conter a força do eleitorado. Estamos vendo passeatas, carreatas, onde o uso de máscara é desprezado. Candidatos também abraçam eleitores, coisa inadequada”, alertou o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Erivan Lopes.

“Talvez medidas drásticas sejam necessárias. Buscar formas alternativas dos candidatos levarem sua ideias e propostas ao seu eleitorado, para não termos de tomar medidas de restrição a atividades econômicas, como já houve no primeiro semestre”, considerou o procurador regional eleitoral, Leonardo Carvalho.

“Creio que possamos construir as soluções para reverter este quadro e seguir com as atividades econômicas, sociais e educacionais”, declarou a procuradora-geral de justiça, Carmelina Moura.

“Se a gente perde a capacidade de controle da transmissibilidade, ocupamos os leitos clínicos e de UTI, além do risco para as pessoas contraírem, temos o agravante de impedir o plano de dar andamento à fila de espera de pessoas que suspenderam cirurgias de outras doenças, causando um enorme prejuízo”, ressaltou o governador Wellington Dias.


Fonte: G1PI

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