O envenenamento de 24 colmeias acabou matando aproximadamente um milhão de abelhas em Monsenhor Hipólito, Piauí (município da região de Picos, considerada a Capital Nacional do Mel), causando prejuízos materiais aos apicultores e um crime ambiental que ainda continua sem pistas dos responsáveis. Crime semelhante aconteceu também no vizinho estado do Ceará e até agora não se sabe quem as envenenou.
Felipe Sá (apicultor de Campo Grande/PI ), Mestre em Zootecnia pela UFPI (Campus de Bom Jesus) desenvolveu uma Pesquisa e orientado pelo professor: Dr. Sinevaldo Moura (Engenheiro Agrônomo e Doutor em Produção Animal) sobre a alimentação de colônias de abelhas no semiárido, e, segundo Sá, na região de Picos são encontradas as melhores condições para se conseguir um mel de qualidade e com baixo teor de umidade, e esse envenenamento das colmeias é um fator preocupante para a qualidade desse ‘’ouro liquido do sertão do Piauí ’’.
Antônio Leopoldino Dantas (Central de Cooperativas do Semiárido – CASA APIS) destacou o período favorável para a produção de mel, após 6 anos de estiagens. Somente em 2018 foram produzidas 5.000 toneladas de mel, 30% a mais que 2017, e a expectativa para 2019 é de um incremento de 10% a 15%. Segundo Dantas, 90% dessa produção vai para Estados Unidos e Europa e evolve cerca de 10 mil famílias que dependem dessa renda para sobreviver.
Vale lembrar que a vida das abelhas é crucial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas, já que, na busca do pólen, sua refeição, estes insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. Esta polinização é indispensável para cerca de 80% das plantas; mas não são todos que tem esse conhecimento e a preocupação em protegê-las. Fonte: g1.globo/clube
