Desmatamento no Cerrado piauiense emitiu mais de 11 milhões de toneladas de CO², aponta relatório

'Parede de fogo' avança no Cerrado — Foto: Divulgação

O desmatamento no Cerrado piauiense gerou a emissão de mais de 11 milhões de toneladas de CO2, de janeiro de 2023 a julho de 2024, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) divulgado nesta quarta-feira (18).

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Os dados foram obtidos através do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), que utiliza satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia. O sistema compara imagens de áreas com um intervalo mínimo de 6 meses para observar se houve derrubada de árvores.

No Piauí, o bioma pode ser encontrado em cerca de 60 municípios e alguns deles concentram os maiores índices de desmatamento do país, como Baixa Grande do Ribeiro, 583 km ao Sul de Teresina.

Em maio deste ano, o Ipam divulgou que a cidade teve o desmatamento mais veloz do Brasil, derrubando 944 hectares, o equivalente a 8 parques do Ibirapuera, em apenas 8 dias.

Conforme o Ipam, a situação no Piauí, e nos outros três estados que compõe a região apelidada de Matopiba (Maranhão, Tocantins e Bahia), apontada como a nova fronteira agrícola do país, é considerada uma catástrofe para o bioma.

Os casos de incêndio no território Matopiba são a causa do envio de 108 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosferaequivalente a 80% do total de emissão registrada no bioma.

volume corresponde à metade do que é emitido pelo setor de transportes, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

Fonte de 40% da água doce do país, o Cerrado cobre cerca de 25% do território nacional. Além do Matopiba, o bioma está presente nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e porções de São Paulo.

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