Após ser impedida de fiscalizar o Hospital de Campanha Estadual (HCE), instalado no Ginásio Verdão, centro de Teresina, a deputada estadual Lucy Soares protocolou uma denúncia no Ministério Público do Piauí. A parlamentar pede que o órgão investigue e tome providências sobre o porquê de não ter sido garantido o seu direito constitucional de realizar vistorias em ambientes públicos estaduais.
O fato denunciado ocorreu na manhã de sexta-feira, 31 de julho, quando, ao chegar no hospital, Lucy Soares foi comunicada que não poderia visitar as áreas solicitadas por ela, pois seria realizado em evento de enfermagem na unidade de saúde. Ao fazer a denúncia, a parlamentar explicou que a visita seria rápida e que sugeriu que alguém da equipe do HCE a acompanhasse. No entanto, a vistoria não foi autorizada pelos diretores.
Essa seria a terceira visita da deputada ao Hospital de Campanha Estadual, onde ela pretendia verificar a solução para problemas apontados anteriormente. A primeira fiscalização ocorreu na fase de construção do local. A segunda vistoria foi realizada no dia 8 de julho. Na ocasião, Lucy Soares identificou diversas irregularidades, dentre elas: a utilização de camas inadequadas; falta de respiradores fixos devido à ausência do sistema de canalização de gases medicinais; e o não pagamento do percentual de insalubridade aos profissionais saúde. “Principalmente, constatamos a subutilização do hospital, que na sexta-feira (31), tinha apenas 20 pacientes sendo tratados da covid-19”, acrescentou Lucy.
Desde então, a deputada tem sido enfática ao sugerir que o hospital deve ser fechado, e os recursos humanos e financeiros transferidos para as unidades de saúde já existentes antes da pandemia, como o Hospital Getúlio Vargas, Hospital da Polícia Militar e Hospitais de Doenças Tropicais Natan Portella.
“O Hospital de Campanha do Verdão não deu certo! Foram investidos muitos recursos públicos, mas apenas metade dos leitos prometidos para a população foi entregue, ou seja, do total de 103, apenas 55 foram instalados. Além disso, atualmente há apenas 20 pacientes covid. Ouvimos dos próprios funcionários que ocorre uma subutilização do espaço e que existe uma dificuldade de regulação dos pacientes do interior. Por isso, nós defendemos que as verbas aplicadas aqui devem ser remanejadas para outros hospitais”, disse.
