Mais de 40 veículos foram apreendidos com os empresários e demais suspeitos de tráfico internacional de drogas. Alguns investigados usavam lojas de compra e venda de veículos para o esquema criminoso. O grupo era composto por diversas funções, como empresários, caminhoneiros, borracheiros e contadores.
A droga deixava a Bolívia e chegava ao Brasil via terrestre pelo estado do Amazonas, passando pelo Maranhão até chegar ao Piauí. A Operação Denarc 60, comandada pelo Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), deflagrada nesta sexta-feira (25), prendeu 18 pessoas, até às 13h.
As equipes policiais estão com 28 mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão para cumprimento. Os mandados foram cumpridos no Piauí, São Paulo e Amazonas.
“Contador foi preso; familiares que estruturavam e os empresários que lavavam o financeiro advindo do tráfico de drogas. Quatorze empresas foram interditadas, das quais nove era apenas de ‘fachada’, cinco que realmente existiam, sendo três dessas revendedoras de carro”, disse o delegado Samuel Silva, coordenador do Denarc.
A operação também apreendeu celulares, cartões de crédito, dinheiro em espécie e armas. O delegado acrescentou que oito imóveis, incluindo um sítio, foram sequestrados pela polícia após autorização judicial.
O delegado Jarbas Lima, do Denarc, explicou, durante coletiva de imprensa, que a operação enfrentou a comercialização da droga e prendeu os envolvidos no esquema, além de combater a lavagem de dinheiro e descapitalizar o tráfico de drogas.
Sobre os envolvidos, o delegado Jarbas Lima explicou o organograma das funções: “o Leandro é o tomador de decisões, o líder. Ele é responsável por adquirir o entorpecente no estrangeiro e distribuir em outros estados da federação, vindo através do Amazonas”.
“Eles faziam essa distribuição por meio de fretes de caminhões e caminhões próprios. Eles também usavam uma oficina mecânica na capital Teresina para alterar os veículos e criar compartimentos secretos para transportar a droga”.
Outro citado, sem ser identificado, foi um borracheiro em Timon (MA), responsável por colocar os entorpecentes dentro dos pneus dos caminhões. O esquema tem diversos níveis de compradores da droga para ser repassada aos dependentes químicos.
“É toda uma estrutura complexa voltada para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, mas ficou constata na investigação não somente esses crimes; ficou comprovado a associação criminosa, posse ilegal de arma de fogo e falsa identidade. Quatro indivíduos utilizam diversas identidades, o próprio líder tem quatro; a mãe do Leandro, presa hoje, tem três identidades diferentes”, disse o delegado Jarbas.
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Fonte: Denarc/Clube News