Um grupo de cientistas piauienses e da Sociedade Científica Graviton foi ao município de Padre Marcos, a 390 km de Teresina, para tentar encontrar vestígios do meteorito que rasgou o céu do Nordeste, no começo da madrugada de sábado (13), assustando moradores do Piauí, Ceará e Parnambuco.
O provável local da queda está dentro do perímetro do losângulo formado pelo municípios de Alegrete, Campo Grande do Piauí, Jaicós e Marcolândia.
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A expedição partiu de Teresina no sábado (27) rumo a Padre Marcos e retornou no domingo (28), depois de percorrer aproximadamente 16 km², área indicada pela Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) como provável local da queda dos fragmentos do meteorito. Os cientistas utilizaram detectores de metais para tentar encontrar pedaços do meteorito. Vários fragmentos foram recolhidos para análise.
Delta Aquáridas
O pico da chuva de meteoros Delta Aquáridas ocorre entre a madrugada de segunda (29) e terça (30). Apesar de esta chuva ser visível no hemisfério norte, seus meteoros são melhor observados no céu do hemisfério sul — inclusive no Brasil. Segundo a Sociedade Norte-americana de Meteoros, a Delta Aquáridas Sul deve permanecer ativa até 21 de agosto. Os astrônomos estimam que devem aparecer de 15 a 20 meteoros por hora no céu do hemisfério norte, e no sul, ainda mais deles devem ser vistos se as condições estiverem adequadas para a observação.
Susto na madrugada
“Parecia um trovão, mais contínuo e mais brando”, contou um morador. A Polícia Militar de Jaicós não recebeu chamadas na madrugada do acontecimento, mas houve relatos de um clarão e um grande estrondo, que sacudiu objetos nas casas. “Houve um estrondo que muitos moradores afirmaram que sacudiu objetos nas residências, mas sobre um possível local da queda, ninguém até o momento ouviu falar”, afirmou um PM.
Do tamanho de dois fuscas
A Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), divulgou que o ‘super bólido’ brilhou a 73 km do solo, a uma velocidade de 51 mil km/h. A luz provocada pelo bólido percorreu 55 km em menos de 4 segundos e apagou a 30 km de altura do solo.
Os astrônomos estimaram que o super bólido tinha uma dimensão entre 2 e 3 metros, mas que pode ter se fragmentado em pedaços menores que caírams no solo da região.
O diretor-geral da Bramon, Marcelo Zurita, adiantou ao portal Cidadeverde.com, de Teresina, que deve haver fragmentos de rocha no solo da região da queda. “Deve haver vários fragmentos da rocha espacial em solo, e dependendo da sua composição, alguns podem ser bem grandes”.
O CEO da Graviton Scientific Society, físico Edwar Montenegro, um grupo de astrônomos avalia a possibilidade de ir ao local para procurar vestígios no solo, já que o fenômeno é considerado raro e as pedras oriundas da queda de meteoritos têm grande valor científico para pesquisas espaciais
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Fonte: Parlamento Piauí
