Profissionais da enfermagem de Bom Jesus, reuniram-se na manhã desta quarta-feira (21), na Praça da Catedral, em seguida realizaram passeata no centro da cidade, para protestar novamente contra a suspensão da lei que criou o piso salarial da categoria.
Conforme representantes da categoria, há mobilizações em outros 18 municípios piauienses. Na capital, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem iniciaram o ato por volta das 8h diante do maior hospital público do estado. No local, estavam presentes profissionais da rede estadual, municipal e privada.
De acordo com com os organizadores da manifestação, havia mais de 200 profissionais da região no protesto que é contra a decisão do STF que formou maioria, no dia (15/09), para manter a suspensão da lei que cria o piso salarial da enfermagem até que sejam apresentadas as fontes de recursos para sustentá-la.
Roberte Lemos, enfermeiro que presta serviço no HRMSS de Bom Jesus, disse a reportagem do Ponto X que: "A nossa manifestação é contra a descisão do STF que retirou o nosso direito de receber o novo piso salarial da enfermagem, que foi aprovado pela câmara federal e senado e sancionado pelo Presidente da República, ai vem o Ministro do STF para defender o setor privado, pois o interesse dele é apenas defender o setor privado, cancela ou adia o pagamento desse novo piso salarial, então a nossa luta é pelo piso salarial da categoria e a busca de recursos pra fonte para bancar o nosso piso salarial". Falou o enfermeiro.
Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) do Piauí informou que "reconhece a validade das reivindicações, em especial a efetivação do piso salarial nacional" e que apoia a luta por "valorização, reconhecimento e condições adequadas para o exercício profissional".
ENTENDA
Conforme o Dieese, o incremento financeiro necessário ao cumprimento dos pisos será de R$ 4,4 bilhões ao ano para os Municípios, de R$ 1,3 bilhões ao ano para os Estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União.
Já a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) indicou incremento de R$ 6,3 bilhões ao ano. Foi apontada uma possibilidade de demissão de 80 mil profissionais de enfermagem e fechamento de 20 mil leitos.
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