O Piauí registrou, no ano passado, 24 mortes por choque elétrico – número correspondente a 4,1% do índice nacional – e ocupou a 12ª colocação no ranking do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, organizado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) e publicado neste ano.
A taxa representa ainda 7,28 mortes por milhão de habitantes, o que catapulta o estado para a quarta posição do ranking elaborado com esse critério, atrás apenas de Mato Grosso do Sul (7,67), Mato Grosso (7,76) e Acre (9,79).
Segundo o engenheiro eletricista João Mário Bezerra, existem diversas causas para acidentes elétricos, os quais podem ocasionar choques, queimaduras, quedas e – em grau mais grave – eletrocuções, que são fatais.
“As principais envolvem carregadores de celular e extensões de má qualidade, instalações mal feitas, fiações antigas e utilização incorreta ou mesmo a falta de equipamentos de proteção”, elenca ao Portal ClubeNews.
Para prevenir tais eventos, Bezerra aponta a importância de prestar atenção às fiações elétricas, sobretudo a fios desencapados, e não deixar carregadores e extensões conectados à tomada se não estiverem em uso.
“Isso vale para os demais aparelhos: tirá-los da tomada pode evitar acidentes e preservá-los de surtos da rede elétrica. Utilizar tampas de proteção, principalmente se houver crianças em casa, e evitar introduzir objetos também é fundamental”, acrescenta.
Caso alguma alteração precise ser feita nos componentes elétricos de uma residência ou qualquer outro ambiente, o engenheiro destaca a habilitação de sua categoria profissional para lidar com a situação.
“O engenheiro eletricista possui os conhecimentos técnicos e pode avaliar as condições das instalações, além de projetá-las de forma adequada, juntamente às proteções, para impedir que acidentes por sobrecarga e superaquecimentos ocorram”, ressalta.
Se o acidente de fato ocorrer, Bezerra lembra que as pessoas ao redor da vítima não devem tocá-la sem auxílio de materiais não condutores de eletricidade, como borracha, plástico e madeira seca.
“A primeira atitude deve ser desligar, se possível, o disjuntor geral do local. Em seguida, ligar para o telefone do Corpo de Bombeiros (193), receber as primeiras orientações do telefonista e aguardar a chegada de uma viatura”, completa.