Pesquisadores descobrem espécie rara de aracnídeo em extinção no campus da UFPI de Floriano

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) do campus de Floriano descobriram uma espécie de aracnídeo raro e em risco de extinção. Após 12 anos de pesquisa, finalmente o animal foi catalogado com gênero único e foi nomeado em homenagem à universidade, sendo chamado de Rowlandius ufpi.  

Com cerca de um centímetro de cumprimento, de cor marrom avermelhado, de hábito noturno e habitat de florestas, o animal se alimenta de invertebrados como grilos, baratas, colêmbolos, aranhas e etc.

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O estudo foi conduzido pela bióloga Iara Siqueira Santos Silva, mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação – PPGBC/UFPI, e teve orientação do professor Leonardo Sousa Carvalho (UFPI/CAFS) e pelo professor Adalberto Santos (UFMG). O trabalho foi publicado este ano na revista internacional Zootaxa, uma das principais referências em pesquisas desse porte.

O professor Leonardo Carvalho esclareceu que o aracnídeo é parente das aranhas, destacou a importância da pesquisa científica para a preservação da biodiversidade e ressaltou a urgência de medidas efetivas para proteger espécies ameaçadas de extinção. O aracnídeo é a primeira espécie de “esquizômidos” encontrada no Piauí e foi localizado na Fazenda do Colégio Técnico de Floriano.

“É uma espécie única e possui características que a tornam vulnerável a diversas ameaças, como a perda de habitat e a degradação ambiental. É urgente que medidas de conservação sejam tomadas para garantir a sobrevivência dessa espécie”, disse o pesquisador.

O invertebrado é conhecido popularmente como "aranha-chicote-de-cauda-curta“ e foi encontrado em uma área de cerca de 300 metros quadrados em região com vegetação suprimida.

Pesquisador Leonardo Carvalho

A bióloga Iara Siqueira ressaltou que a espécie possui características únicas que a distinguem de outras espécies já conhecidas.

“Os espécimes encontrados apresentam uma morfologia diferente, o que a torna uma descoberta especialmente interessante para os especialistas em aracnídeos”, disse a bióloga. O professor disse que no momento não estão fazendo novos estudos com esta espécie. “Apesar disso, é importante que no futuro, novas pesquisas sejam realizadas para entender a dinâmica populacional desta espécie e produzir informações detalhadas sobre sua história natural. Por exemplo, informações sobre o período reprodutivo, o tamanho de sua prole e se as populações desta espécie conseguem se reestabelecer em seu local de origem, caso a vegetação seja recuperada, poderiam auxiliar na preservação da espécie”, ressaltou.
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