Em 2024, 112 mil pessoas no Piauí, enfrentaram a fome ou restrição severa de alimentos, o que representa 3,3% da população, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (14). Apesar do desafio, o levantamento mostra que o número de piauienses em insegurança alimentar grave caiu de 4,9% em 2023 para 3,3% em 2024, o que corresponde à maior redução proporcional entre todos os níveis analisados.
Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 53 mil piauienses saíram da situação de insegurança alimentar grave — quando há falta efetiva de alimentos nos domicílios.
No total, 1,4 milhão de pessoas no Piauí vivem algum nível de insegurança alimentar, o equivalente a 41,5% da população. A maioria, cerca de 1 milhão de pessoas (30,1%), está em insegurança leve, quando há mudanças na qualidade dos alimentos, com redução de produtos saudáveis e nutritivos. Já 274 mil pessoas (8,1%) estão em insegurança moderada, quando a quantidade de alimentos começa a ser reduzida, afetando principalmente os adultos.
A insegurança alimentar grave, por sua vez, atinge os lares em que a redução na quantidade de alimentos alcança também as crianças, representando a situação em que a fome é vivenciada de forma concreta no domicílio.
Comparativo nacional
Os maiores índices de insegurança alimentar grave continuam concentrados na Região Norte, especialmente nos estados do Amapá (10,2%), Amazonas (8%) e Pará (7,1%). Já os menores percentuais foram registrados no Sul do país, com destaque para Santa Catarina (1,2%), Espírito Santo (1,4%) e Rio Grande do Sul (1,6%).
Com 3,3% da população ainda em situação de fome, o Piauí ocupa a 16ª posição entre os estados brasileiros no ranking de insegurança alimentar grave.
No Nordeste, os índices médios são de 24,6% de insegurança leve, 7,4% moderada e 4,4% grave, colocando o Piauí abaixo da média regional no indicador mais crítico.
Fonte: IBGE