As redes sociais mudaram completamente as nossas vidas. Muita gente compartilha a rotina, fotos, relacionamentos. Mas nem tudo são flores. Por lá cresce também os casos de stalking. No Piauí, de acordo com a Secretaria de Segurança 296 casos de importunação digital foram registrados só neste ano, em 2022, foram 617 casos. Para combater esse crime é fundamental que as vítimas não se calem.
O stalking acontece quando criminosos usam as imagens das vítimas, cometem importunação sexual e vários outros crimes. A nutricionista Tainá Moreira, viveu isso na pele. As perseguições iniciaram pelo Instagram, mas não satisfeito, o criminoso a seguiu no WhatsApp.
“As perseguições iniciaram no mês de outubro do ano passado. Ele sempre fazia a mesma coisa, criava um perfil fake, me enviava print de alguma foto minha e logo em seguida eles já mandavam uma foto do órgão genital dele, não falava nada, era sempre da mesma forma”, conta a vítima.
O stalking digital é caracterizado pela perseguição de forma obsessiva. Tanto no meio físico como digital. A psicóloga Marcela Tenório chama a atenção para saber identificar os sinais do crime que deixa danos emocionais para vítimas.
“Uma pessoa pode desenvolver uma paixão obsessiva por alguém que ela nunca viu pessoalmente. Que viu pelas redes e começa a seguir, isso também pode acontecer por paixões, ciúme, inveja ou raiva. Essa situação pode causar desde estresse pós-traumático, ansiedade, medo, depressão e crises de pânico. Então é importante que, ao observar que pode estar sendo vítima desse tipo de comportamento, a pessoa tome providências e fique mais alerta”, destaca a profissional.
QUAIS PROVIDENCIAS TOMAR?
Perseguir uma pessoa online ou no mundo físico pode dar cadeia. O crime prevê prisão de seis há dois anos. Podendo chegar a três anos quando praticado contra mulheres. E no geral elas são as maiores vítimas. No Piauí, uma delegacia especial tem atuado para combater o crime e punir os responsáveis, como informa o delegado de Polícia Civil, Humberto Mácola:
“Nestes casos específico desse stalker, que foi preso, graças a reunião desses boletins de ocorrência das mulheres corajosas nós podemos ter a informação do modo operante. Uma pessoa só, criava mais de 30 perfis falsos e incomodava perseguia essas mulheres”, pontuou o delegado.
A advogada, Jordana Torres explica que o stalking possui um modo de agir, sendo importante quem sofre notar os primeiros traços,
“O stalking ele tem um modo de agir com a intenção de perseguir essa vítima nas redes sociais. Enviando mensagens de texto, adicionando pessoas do seu círculo de amizade, criando perfis falsos para poder lhe perseguir. Então esse crime pode estar tipificado no código legal e medidas legais podem ser tomadas. As vítimas não podem ter vergonha e devem denunciar”, disse a advogada.
Fonte: Clube News