Filho de fazendeiro deve explicar arrendamento de terras para plantio de 1,6 tonelada de maconha em Cristino Castro

O filho do proprietário de uma fazenda em Cristino Castro, no Sul do Piauí, deverá prestar depoimento nesta terça-feira (22) à Polícia Civil. A informação foi confirmada pelo delegado Samuel Silveira, coordenador do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico Polícia Civil do Piauí (Denarc).

A propriedade rural foi alvo de uma operação do Denarc, na última sexta-feira (18), que resultou na apreensão de 1,6 tonelada de maconha.

Segundo a Polícia Civil, as terras pertenciam a um fazendeiro piauiense que faleceu. Antes de morrer, ele arrendou a área para uma pessoa do estado do Paraná.

Após sua morte, a gestão da propriedade ficou sob responsabilidade do filho, que, agora, terá que esclarecer como ocorreu o processo de arrendamento e se tinha conhecimento da atividade criminosa.

Conforme o delegado Samuel, a fazenda dispunha de uma estrutura sofisticada para o cultivo de cinco hectares de maconha, placas solares, tratores, acampamentos para os trabalhadores e uma usina fotovoltaica para gerar energia. A área já estava preparada para uma segunda safra, com estimativa de 130 mil pés de maconha.

O delegado comenta que a droga seria enviada para estados do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro. A maconha, considerada de “extrema qualidade” pela Polícia Civil, era embalada para preservar o cheiro e o conteúdo. Depois, passaria por um processo de prensagem e receberia a “marca” de facções criminosas antes da distribuição.

Ninguém foi encontrado no local durante a ação da polícia. Não houve prisão em flagrante, nem cumprimento de mandados de prisão.