Em meio ao acirramento do conflito entre Irã e Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (17) que avalia ordenar bombardeios ao território iraniano. Em postagens na rede Truth Social, Trump afirmou que os EUA “controlam completamente o espaço aéreo iraniano” e classificou o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, como “alvo fácil”.
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Apesar de ter descartado uma operação para eliminar Khamenei “por enquanto”, Trump deixou claro que a paciência norte-americana está se esgotando.
“Não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está encolhendo”, escreveu.
A declaração veio horas após a imprensa iraniana relatar explosões em Teerã e Natanz, cidade que abriga instalações nucleares. Já em Israel, ataques aéreos do Irã acionaram sirenes de alerta e deixaram mortos em Tel Aviv.
EUA rejeitam cessar-fogo
Em declaração feita a bordo do Air Force One, no retorno antecipado da cúpula do G7, no Canadá, Trump descartou a possibilidade de um cessar-fogo imediato. Segundo ele, os EUA buscam “algo melhor”: a rendição completa do Irã.
“Não estamos em busca de cessar-fogo, queremos o fim real desse conflito”, afirmou.
O presidente também negou que seu governo tenha iniciado conversas de paz com Teerã, mas disse considerar o envio do vice-presidente JD Vance e do negociador Steve Witkoff para abrir diálogo, “dependendo do que ocorrer” ao retornar a Washington.
Conflito já matou quase 250
Desde o início da escalada, na sexta-feira (13), ao menos 248 pessoas morreram em decorrência das trocas de ataques entre Irã e Israel, segundo autoridades locais. O governo iraniano afirma que 224 de suas vítimas são civis. Já Israel contabiliza 24 mortos em seu território e mais de 3 mil pessoas deslocadas.
A tensão levou os EUA a enviarem mais caças F-16, F-22 e F-35 para o Oriente Médio, com o objetivo de interceptar drones e projéteis usados pelos dois lados. O Pentágono, no entanto, negou que esteja conduzindo uma operação ofensiva contra o Irã.
Diplomacia sob pressão
Fontes diplomáticas revelaram à agência Reuters que o Irã pediu a países como Omã, Catar e Arábia Saudita que pressionem os EUA para forçar Israel a aceitar um cessar-fogo. O chanceler iraniano, Abbas Araqchi, sinalizou abertura para negociações sobre o programa nuclear, caso os ataques israelenses cessem.
Do lado israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que não descarta um ataque direto a Khamenei, enquanto o paradeiro do líder iraniano segue desconhecido.