A Polícia Civil pediu prorrogação do prazo para concluir o inquérito que apura as causas do acidente de ônibus que causou a morte de sete pessoas na BR-135 há um mês, no dia 7 de janeiro de 2025, entre as cidades de Corrente e São Gonçalo do Gurgueia, no Sul do Piauí. De acordo com o delegado Diogo Noronha, que investiga o caso, o veículo não tinha autorização para viagens interestaduais, portanto, fazia uma viagem clandestina. O ônibus, que seguia de Tianguá, no Ceará, para a cidade de São Paulo, caiu de uma ribanceira.
O delegado informou que vai aguardar os laudos da perícia criminal, que pediu mais prazo para finalizar os levantamentos. Ele disse que estão sendo analisadas imagens do circuito interno do veículo e que ainda não é possível afirmar se alguém irá responder pelas mortes. A Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) informou que o ônibus não tinha registro para transporte interestadual de passageiros, mas apenas autorização para fretamento.
“Eu vou esperar o resultado do perícia para a gente concluir e dizer se vai haver indiciamento, quais os crimes vai ser indiciado. Foi feito ofício para a ANTT e ela informou que a empresa é irregular, ela não está cadastrada na ANTT. O motorista não está cadastrado para transporte de passageiro, e apenas a empresa que forneceu as passagens tem autorização para fretamento mas não para transporte interestadual de passageiros com venda de passagem”, disse o delegado Diogo Noronha.

Acidente teve mais de uma causa
As investigações identificaram, ainda, que o veículo tinha feito uma manutenção em novembro de 2024, o que aponta que estava regular na parte mecânica. Em depoimento, o motorista do veículo disse à polícia que o acidente foi provocado porque uma peça da barra de direção teria quebrado. A polícia apura se, de fato, isso aconteceu ou se houve falha humana.
Um dos sete mortos foi outro motorista do ônibus que estava dormindo no bagageiro do ônibus – segundo a investigação, o veículo estava cheio e não tinha um lugar adequado para que ele fizesse o repouso para o revezamento com o outro condutor. Ainda segundo o delegado, todas as vítimas que morreram estavam sem o cinto de segurança no momento do acidente.
O delegado informou que ainda vai ouvir o dono do veículo antes de concluir as investigações e fazer eventuais indiciamentos.
Vítimas eram naturais do Ceará
Todas as sete pessoas que morreram eram naturais do estado do Ceará. O ônibus estava com passageiros que moravam em São Paulo e estavam voltando do estado natal após as festividades de fim de ano.
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Os mortos foram Kaique Glauber Lúcio de Farias, de 30 anos, Antonio Jackes Pereira de Vasconcelos, de 27 anos, Emanuel da Cruz Silva Belicaro, de 28 anos, Miguel Oliveira de Freitas, de 63 anos, Graceli Barroso Rufino de Freitas, de 58 anos, Antonia de Maria Castro, de 63 anos, e Alexandre Barros Teófilo, de 25 anos.

Com informações do Cidade Verde