Categorias de profissionais de saúde, como enfermeiros e técnicos de enfermagem, da rede estadual de saúde do Piauí, decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (25). A categoria reivindica o cumprimento de acordos firmados na greve ainda de 2019 sobre reajustes salariais acumulados desde 2012, e o pagamento de adicional de insalubridade de 40% para todos os profissionais.
O Governo do Estado, em nota, lamentou a decisão da categoria e informou que caso a greve se concretize, irá tomar medidas judiciais e administrativas para garantir o atendimento à população.
O secretário de governo Merlong Solano disse que não há como pagar o adicional de insalubridade exigido pela categoria, tanto por conta da queda na arrecadação do Estado, quanto por questões legais. “Estamos amarrados à lei que determina os percentuais de 5%, 10% e 20%, e esta está sendo cumprida”, disse.
A manifestação dos profissionais de saúde, mobilizada pelo Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi), começou diante do Hospital Getúlio Vargas (HGV), por volta das 7h30, e seguiu com uma caminhada até o Palácio do Karnak, sede do governo estadual.
Por conta da greve, segundo Erick Ricelly, presidente do Senatepi, todos os serviços que não são de urgência e emergência oferecidos pelo estado devem sofrer redução de pessoal. “O atendimento nas áreas críticas não será prejudicado”, disse.
Ricelly; lamentou que o estado pague um teto de 20% de adicional de insalubridade. “Todos os municípios estão pagando 20% de adicional, Teresina paga 20%. E temos municípios se organizando para pagar 40%. Enquanto isso, o governo do Estado não paga nem 10%”, afirmou.