Os hospitais do estado tiveram boa parte dos atendimentos paralisados nos dois primeiros dias de greve de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. O movimento teve início a zero hora de terça-feira (2).
De acordo com o conselheiro fiscal do SENATEPI o objetivo da greve é devido o estado não ter cumprindo o dicidio coletivo que foi firmado na greve do ano de 2016, nesse acordo o governo do estado deveria ter feito o plano de cargos, carreira e salários específico para a enfermagem, fazer progressão e promoção funcional dos profissionais da área. Em 2019 completou 7 anos sem nenhum reajuste salarial para a classe e sem nenhuma mudança de nível na categoria.
Um levantamento feito pelo próprio governo do estado, por meio do Seadprev, indica que as perdas salariais da classe chegam a 37,5% nos últimos seis anos.
A própria Seadprev fez um relatório com relação ao impacto das perdas salariais de 2013 até 2018, onde chega ao cálculo de 37,5% de perdas. Veja a seguir:
Segundo Ednaldo Bezerra dos Santos- Conselheiro Fiscal do Senatepi esse impacto da progressão funcional de 37,5%, equivalente a 447 mil reais por mês não representa nada para o governo.
Além dos hospitais da capital Teresina, os hospitais regionais de Bom Jesus, Picos, de Parnaíba e o Hospital de Monte Alegre do Piauí os atendimentos foram reduzidos. Nas cidades de Floriano, Oeiras e São Raimundo Nonato os trabalhadores também aderiram a greve e os serviços estão parados.
Uma reunião foi realizada na tarde da última quarta-feira (3) entre representantes da enfermagem no estado e os secretários de saúde, Florentino Neto, e de administração, Ricardo Pontes, terminou sem acordo. De acordo com informações do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado do Piauí – Senatepi, os secretários pediram mais prazo para atender às exigências da categoria, o que não foi aceito pelos profissionais.
“A greve por tempo indeterminado continua e estamos mais unidos do que nunca na luta por nossos direitos”, informou a presidente do sindicato, Cleane Guimarães.
Conforme informações da classe de enfermagem os secretários do governo W. Dias foram a reunião de mãos vazias, sem levar para mesa de negociação nenhuma proposta de negociação, um completo descaso com a saúde pública do Piauí.
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De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado do Piauí – Senatepi, 70% dos serviços onde representantes da classe aderiram à greve estão comprometidos.
A categoria decidiu cruzar os braços nos hospitais estatuais depois que as reivindicações dos profissionais não foram atendidas pelo governo do estado. Entre os pedidos da classe estão o enquadramento dos profissionais, pagamento de gratificações, promoções e progressões, e o cumprimento do acordo judicial que deu fim à greve de 2016, entre outras pautas.
70% dos enfermeiros, técnicos e auxiliares são indicações politicas, devido não serem concursados os mesmos não aderem ao movimento grevista com medo perder o emprego. O Senatepi cobra ainda do governo concurso público para lotar profissionais concursados em todos os hospitais do estado.
Fonte: Portal Ponto X